O senador pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), ''convidou'' os americanos a ajudarem a combater traficantes brasileiros: Para tanto, sugeriu um ataque na capital fluminense.
"Que inveja! Ouvi dizer que há barcos como este aqui no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, inundando o Brasil com drogas . Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?".
O post foi uma resposta a Pete Hegseth, secretário da Guerra dos Estados Unidos, que publicou sobre barcos do tráfico neutralizados pelo governo americano no Caribe.
O senador fez referencia a ações dos Estados Unidos iniciadas nesta quarta-feira (22), quando o governo de Trump bombardeou mais um barco no Oceano Pacífico, matando três pessoas.
Nos comentários, seguidores criticaram e ironizaram a publicação do senador:
"O homem que empregou a mãe e a esposa de Adriano da Nóbrega (escritório do crime) denunciando o crime organizado!" .
"O cara é senado brasileiro, e pede para outro país atacar o Brasil. Isso só mostra que esse tipo nunca foi patriota" .
"Senador, dizem que no condomínio onde o seu pai vivia no RJ tinham muitos milicianos. Não seria uma boa solicitar um bombardeio lá também?" .
O deputado Olrando Silva (PCdoB) condenou o Senador, em suas redes sociais:
"É surreal e vergonhoso, mas Flávio Bosonaro - pasmem, tido como o "equilibrado" dos irmãos - fez uma postagem sugerindo que o governo dos EUA ataque embarcações no litoral brasileiro, o que seria um ATO DE GUERRA".
Facções terroristas?
Não é de hoje que se fala em classificar facções criminosas como terroristas. O post do senador faz referência ao Projeto de Lei do deputado Ubiratan Sanderson, que amplia a Lei Antiterrorismo (Lei n° 13.260/2016) para classificar facções criminosas e grupos milicianos como organizações terroristas.
O projeto veio na esteira de uma carta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente Lula em que pedia que o mandatário brasileiro classificasse facções como terroristas.
O projeto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Câmara do Deputados, e recebeu parecer favoravel do relator, deputado Níkolas Ferreira (PL).