A ONG Con-tato tem R$ 70,4 milhões em contratos ativos com a Prefeitura do Rio. O prefeito Eduardo Paes exonerou indicados do Republicanos depois que a ONG foi escolhida pela Secretaria de Ação Comunitária, controlada pelo partido, para implementar 200 núcleos em favelas cariocas, custando R$ 119,9 milhões.
Um relatório da Polícia Federal suspeitou que a Con-tato estava envolvida no desvio de emendas parlamentares de Chiquinho Brazão . Ele foi preso em abril por suposta participação no assassinato de Marielle Franco, sendo secretário de Ação Comunitária quando o edital foi lançado.
A prefeitura suspendeu a contratação após um parecer da Secretaria Municipal de Integridade, citando risco reputacional devido às suspeitas levantadas pela PF.
Aliados de Paes afirmam que a exoneração dos indicados do Republicanos foi uma tentativa de evitar denúncias de irregularidades. Integrantes do Republicanos argumentam que o prefeito usou o edital como pretexto para romper acordos políticos.
Apesar do veto na Secretaria de Ação Comunicação, a Con-tato mantém cinco contratos com a prefeitura, firmados tanto na gestão de Paes quanto na anterior de Marcelo Crivella.
A Con-Tato celebrou convênios de cerca de R$ 200 milhões com o governo federal desde 2018, todos beneficiando o Rio.
A proposta da Con-tato à Secretaria de Ação Comunitária incluía a instalação de 200 núcleos de atendimento em comunidades, oferecendo atividades esportivas, culturais, capacitação e saúde preventiva.
A investigação da PF identificou mensagens entre o policial militar Robson Calixto Fonseca e Raphael da Silva Gonçalves, marido da presidente da Con-tato, indicando possíveis vantagens indevidas. A ONG nega ter recebido repasses de emendas de Chiquinho Brazão e qualquer pagamento a seus aliados.
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