Júlia Andrade Carthemol chega à delegacia escondendo o rosto com capuz
Leslie Leitão/TV Globo
Júlia Andrade Carthemol chega à delegacia escondendo o rosto com capuz

O jornal Bom Dia Rio, da TV GLOBO, informou que um laudo do Instituto Médico-Legal revelou a presença de clonazepam e morfina no corpo de  Luiz Marcelo Antônio Ormond, encontrado morto em seu apartamento no Engenho Novo, Zona Norte do Rio, em 20 de maio deste ano. A namorada dele, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, está sob custódia, suspeita de ter misturado 50 comprimidos de analgésico em um brigadeirão que a vítima teria consumido.

O delegado Marcos Buss, da 25ª DP, afirmou nesta quarta-feira que tem evidências suficientes para considerar Suyany Breschak, que se autodeclara cigana, como a mandante do assassinato de Luiz Marcelo. Suyany está detida desde 28 de maio e declarou em depoimento que oferecia orientação espiritual à namorada da vítima. A polícia ressalta que a motivação do crime ainda não está clara e que a investigação está em andamento.

Segundo o delegado, Suyany exercia forte influência sobre Júlia, que acreditava ter sua vida nas mãos dela. Ele alega que a suposta cigana planejou todo o crime, incluindo a administração dos analgésicos que causaram a morte de Luiz Marcelo.

"Acredito que no final das investigações deverá haver conclusão diversa do posicionamento atual do Delegado de Polícia que preside o inquérito policial". Completando que era de interesse da cliente a morte de Luiz Marcelo, "ao que tudo indica Suyany tinha interesse financeiro na manutenção da relação amorosa da vítima e Júlia".

Júlia se entregou à polícia na terça-feira (4) à noite e foi transferida para a Casa de Custódia de Benfica na quarta-feira. Seu advogado discordou da opinião do delegado, argumentando que Suyany tinha interesse financeiro na manutenção do relacionamento entre a vítima e Júlia.

A suspeita de envenenamento com analgésicos surgiu após o depoimento de Suyany, que afirmou que Júlia moeu 50 comprimidos de analgésico e os misturou em um brigadeirão servido ao namorado. Representantes de uma farmácia na Zona Norte do Rio confirmaram que Júlia comprou uma caixa de analgésicos com morfina 12 dias antes da morte de Luiz Marcelo, sendo este remédio apontado como uma possível causa de sua morte.

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