As duas mulheres que estão "morando" há três meses num Mc Donalds do Leblon, no Rio de Janeiro
, ficaram indignadas com a repercussão do caso. Em entrevista à TV Globo, uma delas pediu para que as pessoas não se intrometam na vida delas.
" Eu estou achando tudo ridículo , não consigo entender como isso virou essa bola de neve", disse Suzy, que está vivendo ao lado da filha (Bruna) no restaurante localizado em um dos bairros mais nobres do Rio de Janeiro.
Segundo as mulheres, de 64 e 31 anos, elas estão procurando um apartamento enquanto vivem no Mc Donalds e nas ruas da capital fluminense.
"Se fosse uma pessoa de pele morena, com pouca roupa, com pouca mala, não teria despertado curiosidade", afirmou a mais nova.
A história
Carregando cinco malas em bom estado, as mulheres oriundas do Rio Grande do Sul ficam dentro do estabelecimento durante o horário de funcionamento, das 10h às 05h. Quando o local fecha, de madrugada, elas vão para calçada dormir.
Ambas, até o momento, recusaram qualquer tipo de ajuda dos moradores, empresários e do poder público da região.
À CBN, as mulheres contaram que estão procurando algum imóvel com aluguel de até R$ 1.200 na região para sair das ruas. Elas também contaram que estão esperando o marido de Suzy chegar de Paris, na França, para viver de maneira mais digna.
Um homem, entretanto, revelou que as duas mulheres são conhecidas por dar calotes em hospedagens. "Conheço elas pelo histórico (do local) onde eu trabalhei, um hotel em Copacabana. Elas se hospedaram lá e não pagaram a hospedagem, em 2022. Não aceitam ajuda, são bem ríspidas, não se abrem. Ficam andando na rua, peregrinando. Ficam para lá e para cá, e não tem um local fixo", contou o vendedor à CBN .
De acordo com a Polícia Civil, mãe e filha possuem três registros de ocorrência por calotes em hotéis em Copacabana - as queixas aconteceram em 2018, 2019 e 2021.