O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Corregedoria da Polícia Militar iniciaram nesta quarta-feira (20) uma operação conjunta, batizada de Petrorianos, que visa prender policiais da ativa ligados à segurança do bicheiro Rogério Andrade.
Os agentes tentam cumprir 20 mandados de prisão, sendo 18 contra PMs que integram a equipe do bicheiro, e cumprem 50 mandados de busca e apreensão – 15 policiais foram presos até o momento.
Além dos PMs da ativa, as investigações também identificaram o envolvimento de um policial penal reformado e ex-policiais excluídos da corporação.
A operação é um desdobramento da operação Calígula, deflagrada em maio de 2022, que mirava bingos de Rogério Andrade e Ronnie Lessa, e é comandada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Cerca de 200 agentes da Coordenadoria de Segurança do MPRJ, das corregedorias e da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) foram às ruas para capturar os policiais.
Organização criminosa
Rogério Andrade responde a processo por chefiar uma organização criminosa que domina o jogo do bicho na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Ele foi preso em 2022, após uma investigação mostrar que a organização comandada por ele usava violência e ameaças para ampliar as áreas de domínio do jogo do bicho no Rio.
Essa organização pagava propina para policiais civis de delegacias especializadas para que eles permitissem as atividades ilegais, segundo o Ministério Público.
Andrade foi solto por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e atualmente está em liberdade com tornozeleira eletrônica. Rogério Andrade é patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.
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