Uma mulher insatisfeita com o atendimento que a irmã recebeu no Hospital de Emergência de Resende, no Rio de Janeiro, resolveu invandir a sala de recepção do local com um carro. O episódio ocorreu na tarde desta quarta-feira (20).
O veículo estourou uma porta de vidro e seguiu por mais de 10 metros adentro espalhando estilhaços por todo o espaço, e assustando as pessoas que estavam presentes.
A motorista saiu do veículo desesperada, reclamando do atendimento aos gritos. Ela foi contida por pessoas que estavam no local. Ninguém ficou ferido. Segundo a Polícia Civil, o episódio foi proposital e a acusada foi presa em flagrante por dano qualificado e direção perigosa.
"Quando ela sai de casa, ela já sai com essa intenção. Então, a intenção não era apenas socorrer a sua irmã. A intenção era descontar toda a sua raiva no hospital, colocando em risco diversas pessoas que estavam ali", disse o delegado Michel Floroschk à TV Globo.
Mulher não quis esperar por Samu
Por volta de meio-dia, a mulher já tinha levado a irmã ao hospital devido a uma contusão no joelho. Contudo, a unidade liberou a paciente porque "foi constatado que não havia trauma, apenas escoriações", segundo comunidado.
"Às 12h16, ela foi medicada e minutos depois liberada, pois não havia nenhuma indicação de internação ou qualquer outro tratamento", informou a prefeitura, responsável pela administração do hospital.
Por volta de 15h, a irmã voltou a sentir dor. "E aí ela [a motorista] acionou novamente o Samu e o Samu falou: 'Olha, estamos em um outro atendimento e logo iremos buscar a sua irmã", acrescentou o delegado.
Sem intenção de esperar a ambulância, a motorista transportou a irmã, que sofre de obesidade, deitada no porta-malas do carro. No caminho para o hospital, ela chegou a pegar a Via Dutra com o veículo com a porta do porta-malas aberta.
A motorista foi levada à delegacia e segue detida. Ela passará por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (21), que vai definir se ela responderá em liberdade ou terá a prisão preventiva decretada.
"No momento, a fiança não vai ser arbitrada porque ela deve passar por audiência de custódia, até mesmo para ver se ela coloca em risco a sociedade, ou não", finalizou o delegado.