O debate é promovido pelo SBT, em parceria com revista VEJA, o portal Terra e a rádio NovaBrasil FM.
Reprodução/SBT
O debate é promovido pelo SBT, em parceria com revista VEJA, o portal Terra e a rádio NovaBrasil FM.

O primeiro bloco do debate promovido pelo SBT, em parceria com revista VEJA, o portal Terra e a rádio NovaBrasil FM mostrou todos os adversários alinhados em ataque contra o governador Cláudio Castro (PL), que tenta a reeleição.

Marcelo Freixo (PL) e Rodrigo Neves (PDT), que trocaram acusações e farpas ao longo do primeiro turno, abandonaram as diferenças e fizeram uma "dobradinha" contra o candidato que lidera as pesquisas de intenção de votos.

Paulo Ganime (NOVO) também aproveitou a chance de falar e associou Castro a esquemas de corrupção. Nos blocos seguintes, no entanto, os adversários passaram a trocar acusações e Freixo foi questionado por todos sobre declarações antigas, que soariam incoerentes diante dos seus posicionamentos atuais, e a aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Quando teve a oportunidade de fazer a primeira pergunta, Neves escolheu Freixo para um questionamento propositivo e indagou o que o pessebista achava do "descaso do atual governo com a saúde pública", deixando aberta a possibilidade de o adversário apresentar as suas propostas.

Freixo respondeu que o Rio de Janeiro "vive um escândalo sem precedentes" e lembrou que trata-se do estado do Brasil onde mais morreram pessoas por Covid-19 ao longo da pandemia.

O candidato do PSB também lembrou o impeachment de Wilson Witzel (PMB), de quem Castro era vice, por fraudes na saúde, antes de apresentar o seu plano de governo neste setor.

Na sequência, quando Freixo pôde fazer uma pergunta, o escolhido foi Neves. A pergunta dele questionava o que o adversário achava de uma recente declaração de Castro, que afirmou que não havia contratado professores ao longo do mandato por causa da pandemia. Foi a vez de o pedetista dirigir críticas ao mandato de Castro, antes de apresentar a sua plataforma.

O debate foi iniciado por Paulo Ganime, que abriu o programa questionando Castro se o governador cogitava a possibilidade de abandonar a disputa, por uma suposta possibilidade de prisão por esquemas de corrupção. Ele lembrou a delação que associou Castro ao suposto recebimento de propina, quando ainda era vereador.

Castro afirmou "acreditar na Justiça" e lembrou que nunca foi denunciado. Ele afirmou que processa os delatores, negou fraudes e garantiu que está "tranquilo". O governador classificou o vazamento do conteúdo da delação a pouco mais de três semanas do primeiro turno como algo "criminoso". Governador também disse não ter responsabilidade sobre as prisões de membros do seu secretariado, durante o curso do seu mandato.

Segurança em debate



A Segurança Pública dominou o primeiro bloco do debate e foi tema da primeira pergunta do início do segundo. Na estratégia de ataques a Cláudio Castro dos demais candidatos, o governador, nesta área, foi alvo até quando o questionamento envolveu Marcelo Freixo. No final do primeiro bloco, Rodrigo Neves questionou Paulo Ganime se o candidato do PSB seria capaz de coordenar a Segurança do estado. Mas, o pedetista encerrou sua análise criticando Castro:

"Vamos fazer aquilo que infelizmente o governador Cláudio Castro não tem feito. O governo Cláudio Castro tem priorizado essas ações improvisadas em favelas do Rio de Janeiro, conduzindo uma matança , inclusive de pessoas inocentes e crianças. Hoje não tem mais hora para ser assaltado no Rio de Janeiro".

Freixo sob ataque

Além da Segurança Pública, as críticas avançaram para outras áreas no terceiro bloco, marcado por acusações e ataques entre todos. Freixo mirou pastas-chave do governo, como Saúde, Emprego, Segurança e Educação, que tiveram titulares presos. Ele associou Castro a grupos criminosos.

Em resposta, Castro respondeu que Lula e alguns ministros tinham sido presos. O candidato do PSB ainda criticou o aumento da folha de pagamento do Ceperj na gestão de Castro para pagar alguns "bandidos e fantasmas". Neves seguiu a mesma linha.

Já Ganime, que debatia com Neves, chamou Freixo de "Marcelo Fake", ao mudar seu discurso ideológico. Freixo respondeu que ataques e agressões, faltando pouco para as eleições, não garantem votos.

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