Na casa de um dos alvos os agentes do MP encontraram várias armas
Divulgação - 07.07.2022
Na casa de um dos alvos os agentes do MP encontraram várias armas

Agentes do Ministério Público do Rio (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram a Operação Inimigo Íntimo contra três policiais civis na manhã desta quinta-feira (7). O objetivo é cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra dois policiais civis, então lotados na 64ª DP (São João de Meriti), e um terceiro, acusados pelos crimes de associação criminosa armada e concussão. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de São João de Meriti. De acordo com o MP, os homens "realizavam operações e abordagens, mas, após a prática da extorsão e o recebimento de valores, não apresentavam a ocorrência em sede policial ou a apresentavam apenas parcialmente, para permitir o arbitramento de fiança pela autoridade policial".

Foram denunciados os policiais civis Ruben José de Souza Neto, conhecido como Neto, e Carlos Alison Ramos da Silva, conhecido como Alison, além de André Luis Avoglio Ramos, o André Chupeta. De acordo com o MP, "as investigações que levaram à identificação do grupo criminoso, que atuou pelo menos até o dia 29 de junho de 2017, nos limites do Estado do Rio de Janeiro, e em especial no município de São João de Meriti, tiveram início após delação premiada realizada por denunciado em investigação anterior". A promotoria aponta "que associação criminosa alvo da operação desta quinta utilizava armas de fogo para a consecução de seus objetivos".

O MP disse que "restou apurado que os três denunciados integravam equipe de policiais e informantes que, diante da notícia da prática de algum crime, realizavam operações e abordagens, mas, após a prática da extorsão e o recebimento de valores, não apresentavam a ocorrência em sede policial ou a apresentavam apenas parcialmente, para permitir o arbitramento de fiança pela autoridade policial. A investigação que embasou o oferecimento da denúncia foi conduzida pelo Gaeco e pela extinta Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Seseg)".

O GLOBO entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil, que ainda não comentou as prisões.

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