Agentes do Ministério Público do Rio (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagraram a Operação Inimigo Íntimo contra três policiais civis na manhã desta quinta-feira (7). O objetivo é cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra dois policiais civis, então lotados na 64ª DP (São João de Meriti), e um terceiro, acusados pelos crimes de associação criminosa armada e concussão. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de São João de Meriti. De acordo com o MP, os homens "realizavam operações e abordagens, mas, após a prática da extorsão e o recebimento de valores, não apresentavam a ocorrência em sede policial ou a apresentavam apenas parcialmente, para permitir o arbitramento de fiança pela autoridade policial".
Foram denunciados os policiais civis Ruben José de Souza Neto, conhecido como Neto, e Carlos Alison Ramos da Silva, conhecido como Alison, além de André Luis Avoglio Ramos, o André Chupeta. De acordo com o MP, "as investigações que levaram à identificação do grupo criminoso, que atuou pelo menos até o dia 29 de junho de 2017, nos limites do Estado do Rio de Janeiro, e em especial no município de São João de Meriti, tiveram início após delação premiada realizada por denunciado em investigação anterior". A promotoria aponta "que associação criminosa alvo da operação desta quinta utilizava armas de fogo para a consecução de seus objetivos".
O MP disse que "restou apurado que os três denunciados integravam equipe de policiais e informantes que, diante da notícia da prática de algum crime, realizavam operações e abordagens, mas, após a prática da extorsão e o recebimento de valores, não apresentavam a ocorrência em sede policial ou a apresentavam apenas parcialmente, para permitir o arbitramento de fiança pela autoridade policial. A investigação que embasou o oferecimento da denúncia foi conduzida pelo Gaeco e pela extinta Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Seseg)".
O GLOBO entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil, que ainda não comentou as prisões.
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