Chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro
Reprodução/ TV Globo
Chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro


Uma das principais dificuldades das equipes de resgate em campo na Região Serrana do Rio de Janeiro é acessar os locais afetados. O município de Petrópolis foi acometido por fortes chuvas na tarde de terça-feira (15), que provocaram a morte de ao menos 94 pessoas  e deixaram mais de 370 desabrigadas ou desalojadas, segundo dados da Defesa Civil do estado.


"Subir com material, subir com pessoal, a falta de recurso, a necessidade de chegada de viatura, de maquinário... Tudo isso prejudica e retarda as ações. Isso sem contar os riscos porque não é qualquer bombeiro que adentra uma área perigosa como essa, que tem vários tipos de risco, como soterramentos, eletrocução, perfuração, desabamentos de estruturas, choque elétrico, então tem várias outras possibilidades de acidentes", explica o bombeiro civil, especialista em resgate e salvamento e consultor de empresas, Wesley Pinheiro.

Treinamento do bombeiro civil Wesley Pinheiro
Arquivo pessoal
Treinamento do bombeiro civil Wesley Pinheiro


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Em contato com o iG, ele afirma que cenários como o da cidade de Petrópolis demandam a ação de bombeiros mais especializados, mas salienta que não há efetivo suficiente para isso. Desse modo, Pinheiro ressalta que as equipes envolvidas empenham todo o esforço necessário para concluir o resgate.

"O que eles podem fazer nesse momento está realmente sendo feito. Se eles tivessem uma prevenção melhor, acredito que a gente teria um índice menor de vítimas", pondera.



Como a previsão de estudiosos das mudanças climáticas é de que esses eventos intensos se tornem ainda mais frequentes - ontem choveu 259 mm no município , o maior volume registrado desde 1932 -, o bombeiro reforça a necessidade dos gestores públicos adotarem ações que vão desde o escoamento de água à capacitação das equipes para atuar em situações extremas.

** Ailma Teixeira é repórter nas editorias Último Segundo e Saúde, com foco na cobertura de política e cidades. Trabalha de Salvador, na Bahia, cidade onde nasceu e se formou em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), em 2016. Em outras redações, já foi repórter de cultura e entretenimento. Atualmente, também participa do “Podmiga”, podcast sobre reality show, e pesquisa sobre podcasts jornalísticos no PósCom/Ufba.

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