Governistas impedem convocação do filho de Lula na CPMI do INSS

Em meio a troca de acusações, base aliada conseguiu rejeitar o requerimento que pedia depoimento de Lulinha

Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS
Foto: Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS

Os governistas conseguiram, nesta quinta-feira (4), derrubar o requerimento que pedia a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS .

A vitória da base aliada do governo foi por 19 votos a 12.

A oposição pressionava para ouvir Lulinha, como é conhecido o filho do presidente, e a votação ocorreu em meio a troca de acusações.

Aliados do governo afirmaram que a convocação tinha caráter “meramente político” e buscava criar desgaste para o presidente.

Já a oposição insistiu que o depoimento era necessário para esclarecer suspeitas levantadas na investigação.

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O requerimento, de autoria do deputado federal Marcel van Hattem (Novo), apontava que João Muniz Leite, ex-contador da família, teria recebido R$ 120 mil de Ricardo Bimbo, dirigente do PT.

Bimbo foi beneficiado por repasses de empresa suspeita de integrar esquema de descontos ilegais a aposentados.

O requerimento cita também que Leite é investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por suspeita de lavar dinheiro para a facção criminosa PCC.

Os oposicionistas alegam ainda que uma testemunha disse à Polícia Federal que Lulinha tinha proximidade e até sociedade com Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, preso desde 12 de setembro de 2025. O filho de Lula teria recebido uma mesada de cerca de R$ 300 mil do empresário. O caso foi revelado pelo portal Poder360.


Encerrada a votação do requerimento, a base do governo comemorou a decisão.

Antes de encerrar os trabalhos neste ano, a CPMI do INSS aprovou a convocação e a quebra do sigilo telemático, bancário e fiscal do  dono do Banco Master, Daniel Bueno Vorcaro e também a convocação do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) .

A CPMI deve retomar as atividades apenas em fevereiro, quando será definido o cronograma das próximas etapas da investigação.