
O estado de Goiás registrou mais dois casos suspeitos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1), conforme informado nesta terça-feira (10) pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).
As novas notificações ocorreram na segunda (9), após a morte de aves em propriedades localizadas nos municípios de Santo Antônio da Barra, na região sudoeste, e Montes Claros de Goiás, no centro-oeste do estado.
Com esses registros, Goiás soma três casos suspeitos de gripe aviária sob investigação. O primeiro foi no Zoológico de Goiânia, no dia 8 de junho, após a morte de um cisne negro. O local segue interditado por precaução até a conclusão dos exames laboratoriais.
Surtos em áreas rurais
Em Montes Claros de Goiás, as mortes de 35 galinhas e sete perus acenderam o alerta após a observação de sintomas como asas caídas, secreção nasal, dificuldade respiratória, apatia e diarreia. Já em Santo Antônio da Barra, cerca de 100 galinhas morreram com sinais parecidos.
Fiscais estaduais da Agrodefesa estiveram nas propriedades em até 12 horas após a notificação e recolheram amostras para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), localizado em Campinas (SP). O resultado dos laudos deve sair em até 10 dias úteis, conforme a demanda do laboratório.
Medidas de contenção adotadas
Ambas as propriedades foram interditadas e são monitoradas. As medidas incluem proibição do trânsito de animais, restrição de acesso de pessoas e ações de biossegurança, segundo as diretrizes do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).
O Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (Sisbravet) registrou as ocorrências e segue as investigando segundo os protocolos nacionais de vigilância em saúde animal.
Nenhum caso em granjas comerciais
A Agrodefesa destacou que, até o momento, não há registros de casos suspeitos em granjas comerciais em Goiás. O estado segue com status sanitário livre da doença nesse segmento.
Todas as ações têm caráter preventivo, para mitigar riscos sanitários e preservar o status sanitário do Estado. A investigação está sendo conduzida em parceria com o Ministério da Agricultura e segue com monitoramento contínuo.
A colaboração da população é reforçada pela Agência. Casos de mortes ou sintomas incomuns em aves devem ser comunicados à Agrodefesa, pelo telefone ou WhatsApp: (62) 98164-1128.
O órgão orienta que o consumo de carne de aves e ovos segue seguro, sem riscos à população.