O país ocupa uma das primeiras posições no ranking mundial de mortes no trânsito
Rovena Rosa/Agência Brasil - 06/06/2018
O país ocupa uma das primeiras posições no ranking mundial de mortes no trânsito


O Brasil registrou aproximadamente 14.834 mortes de ciclistas no trânsito de 2014 a 2024, segundo dados do Ministério da Saúde e outras fontes oficiais.

O número representa uma média de 1.300 óbitos por ano e evidencia uma tendência de aumento contínuo ao longo da última década.

Em 2021, foram contabilizados 1.381 óbitos de ciclistas no país. Os dados dos anos seguintes mantêm esse patamar, com leve variação, indicando estabilidade ou crescimento no número de fatalidades. A faixa etária com maior incidência de mortes é a de pessoas entre 50 e 59 anos.

O país ocupa uma das primeiras posições no ranking mundial de mortes no trânsito, ficando atrás apenas da Índia e da China. Os ciclistas compõem uma parcela expressiva dessas vítimas.

A vulnerabilidade desse grupo está associada a fatores como infraestrutura deficiente, falhas na fiscalização e comportamentos de risco de motoristas e dos próprios ciclistas.

Além das mortes, há um número elevado de internações hospitalares decorrentes de acidentes com bicicletas. Essas ocorrências vêm crescendo e demandam tratamento especializado.

Entre as lesões mais comuns estão fraturas em membros superiores e inferiores, traumas articulares e lesões ligamentares.


Cuidados

O presidente da SBRATE(Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte), Dr. João Grangeiro, destaca a importância do uso de equipamentos de proteção individual para reduzir os impactos dos acidentes.

Segundo ele, em nota enviada ao Portal iG, o capacete é essencial para prevenir fraturas cranianas e traumatismos encefálicos.

Joelheiras, cotoveleiras e outros acessórios também são recomendados como forma de ampliar a segurança. “São medidas simples que salvam vidas e evitam sequelas graves”, pontua.

Grangeiro afirma que os equipamentos devem ser utilizados em todos os deslocamentos, mesmo nos trajetos curtos ou considerados tranquilos.

O médico também aponta a importância da manutenção adequada da bicicleta e da atenção às regras de trânsito como medidas que contribuem para a prevenção de acidentes e lesões graves.

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