A justiça paulista  condenou  o empresário Vladimir Joelsas Timerman, dono da ESH Capital, por  perseguição e ameaça  contra o empresário e investidor Nelson Sequeiros Rodriguez Tanure. 

Investidor Vladimir Joelsas Timerman, condenado por perseguição
Site oficial da ESH Capital
Investidor Vladimir Joelsas Timerman, condenado por perseguição

Segundo a decisão, os fatos ocorreram entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2023, e têm ligação com o  mercado financeiro .

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De acordo com a sentença, Tanure teve ameaçadas ''a sua integridade psicológica, invadindo e perturbando sua esfera de privacidade''. 

Em outro trecho, a magistrada ressalta: ''Vale dizer ainda que o próprio réu afirmou utilizar sua conta no Twitter para pressionar, constranger, atemorizar e causar efeito manada no mercado, com criminosa repercussão na vida das pessoas''.

Segundo a decisão, durante a fase de instrução, a justiça colheu depoimentos da vítima, de quatro testemunhas de acusação, cinco testemunhas de defesa e foi feito o interrogatório de Timerman.

A defesa de Timerman alegou que a Justiça Estadual não teria competência para analisar o caso, além de dizer que as afirmações contra ele eram genéricas e sem clareza, e que houve cerceamento de defesa. Os argumentos não foram acatados pelo juíza Eva Lobo Chaib Dias Jorge.  

A pena determinada foi elevada devido a vários fatores, entre eles, ''motivos, circunstâncias e consequências do delito, tratando-se de condutas reiteradas que trouxeram imensuráveis prejuízos e consequências para a vítima'', afirmou a magistrada. 

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Assim, Timerman foi condenado a um ano, 10 meses e 15 dias de prisão, mais pagamento de 36 dias-multa. 

Os advogados de Tanure, Pablo Naves Testoni Pierpaolo Cruz Bottini e Pierpaolo Cruz Bottini emitiram uma nota sobre a decisão. ''A defesa do empresário sempreconfiou no Poder Judiciário, de modo que a sentença é um alento para todas as demais vítimas'', diz parte do comunicado.

A assessoria da Esh Capital enviou uma nota ao  iG  afirmando que a ''suposta perseguição'' apontada no processo teve como elementos denúncias e críticas levantadas ''no legítimo exercício do direito à informação e à governança corporativa''. E que as ''denúncias vêm sendo investigadas pelas autoridades competentes, e os fatos nelas contidos têm sido confirmados por órgãos reguladores e fiscalizadores do mercado''.

Segundo a nota, a defesa de Timerman vai recorrer da sentença.

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