
Vendedores ambulantes que vão trabalhar no Carnaval de Salvador (BA) foram flagrados “pichando” a calçada da Avenida Oceânica, via paralela à praia, para marcar espaço de comercialização de produtos durante os blocos de rua da cidade, segundo a denúncia do jornal A Tarde.
No último domingo (16), quatro ambulantes foram encaminhados à delegacia por PMs e guardas, após serem flagrados cometendo a ação. A iniciativa, que é ilegal, tem gerado repúdio por parte da entidade que representa a categoria.
De acordo com a reportagem do jornal A Tarde, o Sindicato do Mercado Informal (Sindibaca) de Salvador se manifestou contra os atos de pichação identificados na região da Barra, no circuito Dodô — percurso de aproximadamente 4,5 km que liga as praias da Barra e Ondina.
A presidente do sindicato, Graziela Lima Santos, reforçou que a entidade não compactua com essa prática. “Eu falei, enviei áudios, falei com muitas pessoas que isso não deveria ser feito. O sindicato não concorda e não orientou ninguém a fazer isso”, disse ela ao jornal A Tarde.
Licenças clandestinas

Graziela afirma que o problema está na insegurança dos vendedores. “O que acontece é que as pessoas têm medo de não conseguir trabalhar, de não ter espaço para todo mundo, mesmo com as licenças", explicou ao portal A Tarde.
Ela explica que uma das dificuldades é a presença de vendedores que levam vários isopores para o circuito, ocupando mais espaço do que o permitido.O Sindbaca pede uma fiscalização mais rigorosa da Secretaria de Ordem Pública (Semop). Graziela também destacou a postura sobre quem vandaliza as ruas: "Quem pinta o nome na rua deveria limpar tudo. Isso é disciplina, corrigir para servir de exemplo", afirmou ao jornal A Tarde.
A Semop reforçou seu compromisso com a fiscalização e preservação dos espaços públicos, alertando que atos de pichação não serão tolerados.
O diretor da pasta, Alysson Carvalho, disse à reportagem do A Tarde que, das penalidades previstas em lei para casos de vandalismo, os ambulantes que foram flagrados “pichando” o chão para marcar espaço vão perder o direito de atuar no Carnaval de Salvador 2025 e em edições futuras.
Os casos podem ser denunciados pelo canal Fala Salvador, discando 156.