Avenida Henrique Schaumann com Avenida Rebouças alagads
CET
Avenida Henrique Schaumann com Avenida Rebouças alagads

As chuvas que atingiram a cidade de São Paulo e a região metropolitana causaram transtornos como, paralisação de trens, enchentes, falta de luz e etc. A Defesa Civil  registrou um acumulado de cerca de 122 mm em quatro horas e emitiu um  alerta para os moradores evitarem áreas de risco.

Segundo o site ClimaTempo, a estação meteorológica do Mirante de Santana, na zona norte da cidade de São Paulo, registrou 82 mm entre 15 e 16 horas e 39,8 mm entre 16 e 17 horas,  totalizando 121,8 mm em apenas duas horas de chuva. Isso corresponde a aproximadamente 42% da média de precipitação para todo mês de janeiro, que é de 292 mm.

O volume de chuva acumulado nestas duas horas pode ser considerado o mais intenso desde fevereiro de 2020, quando também choveu 121,8mm, mas em 24 horas, entre 9 horas do dia 9 e 9 horas do dia 10 de fevereiro de 2020, pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia .

"Evento significativo"

William Dantas Vichete , professor do Departamento da Engenharia Ambiental da Unesp Sorocaba, em entrevista ao Portal iG, destacou que o volume registrado em uma hora (cerca de 40 mm acumulados) é o suficiente para provocar alagamentos só com as galerias convencionais.

“A mudança de padrões das chuvas está colocando à prova os critérios de projetos convencionais da infraestrutura de drenagem urbana. O sistema de drenagem em São Paulo é complexo. Tem regiões bem estruturadas e que aguentam essa chuva, e outras regiões que não suportam 20mm em 1h. Então a área de abrangência da chuva deve ter pegado essas áreas mais vulneráveis da cidade”, analisa Vichete.

Gráfico da estação Santana do INMET
Reprodução
Gráfico da estação Santana do INMET

Segundo o professor, o gráfico acima mostra que a estação Santana do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registrou 80 mm em duas horas.

“Foi uma chuva que atingiu mais a região centro-norte e centro-oeste da cidade. As estações do CEMADEN, já estão mostrando acumulados de 100 mm. A região de Santana, Freguesia do Ó, registrou até agora 80 mm acumulados e Vila Maria/Guilherme chegando até 100 mm acumulados”, explica o professor.

Vichete ainda ressalta que “de fato, nessas áreas, a chuva é superior aos critérios de engenharia utilizados para o sistema de drenagem”.

“Não é o maior evento ainda, mas é um evento significativo que fica dentro da lista dos maiores que ocorreram em São Paulo”, completa.

Parte de teto de shopping desaba em São Paulo durante tempestade. Foto: Reprodução / Redes Sociais
Estação de Metrô ficou debaixo d'água. Foto: Reprodução/Instagram
Av. Brigadeiro Luis Antônio com Alameda Santos. Foto: CET
Av Henrique Schaumann com Avenida Rebouças. Foto: CET
Rua Pedro de Toledo com Av. Professor Ascendino Reis. Foto: CET
Rua Butantã com a Ponte Bernardo Goldfarb. Foto: CET
Av. Benedito de Andrade com a Av. Cabo Adão Pereira. Foto: CET
São Paulo é tomada por tempestade. Foto: Reprodução/X
Praça foi tomada pela água. Foto: Reprodução/Youtube
Bombeiros tiveram que agir para salvar vida. Foto: Reprodução/Youtube


** Formado em Jornalismo pela Universidade de Sorocaba e Técnico de Locução de Rádio pelo Senac. Gosta de contar boas histórias e de conhecer novas pessoas. Amante de esportes, também gosta de pets, animes e de uma boa conversa.

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