A Polícia Federal prendeu quinze pessoas nesta terça-feira (10) durante uma operação contra uma organização criminosa suspeita de ter movimentado R$ 1,4 bilhão em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro, "incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024".
A "Operação Overclean" cumpre 17 mandados de prisão preventiva e 43 de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais, na Bahia, no Tocantins e em Goiás, além de ordens de sequestro de bens. 26 dos 59 mandados já foram cumpridos, de acordo com a TV Globo.
Segundo a PF, a organização criminosa teria “direcionado recursos públicos de emendas parlamentares e convênios, por meio de superfaturamento em obras e desvio de recursos, para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais”.
As investigações têm uma força-tarefa da Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e a Controladoria-Geral da União. Além disso, contam com a colaboração de autoridades policiais internacionais, por meio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna – HSI, sigla que em inglês significaHomeland Security Investigations.
Diante da situação, a Justiça determinou o sequestro de mais de R$ 162,3 milhões – valor que teria sido utilizado na compra de aeronaves, imóveis de alto padrão, barcos e veículos de luxo.
Entre os órgãos prejudicados pelo esquema estão o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), na Coordenadoria Estadual da Bahia. Oito servidores públicos foram afastados, por determinação judicial, de suas funções.
Ainda de acordo com a PF, se condenados, os acusados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro, entre outros.