O índice de equidade racial varia de -1 a 1, com valores próximos a -1
Agência Senado
O índice de equidade racial varia de -1 a 1, com valores próximos a -1


Um terço das capitais brasileiras registrou aumento na desigualdade de oportunidades para pretos e pardos em comparação com brancos , de acordo com o Índice Folha de Equilíbrio Racial. Entre as 26 capitais e o Distrito Federal, 17 apresentaram melhora nos indicadores de equilíbrio racial entre 2012 e 2022.

A pesquisa foi realizada pelos especialistas do Núcleo de Estudos Raciais do Insper: Alysson Portella, Daniel Duque, Fillipi Nascimento e Michael França e divulgada pela Folha de S.Paulo.

O índice de equidade racial varia de -1 a 1, com valores próximos a -1 indicando maior desigualdade entre brancos e negros, enquanto o ponto zero representa equilíbrio.

Macapá registrou o maior avanço no período (de -0,14 para -0,02), enquanto Salvador teve o maior retrocesso (de -0,31 para -0,41).

São Paulo, que apresentava o pior índice em 2012 (-0,48), teve uma melhora, mas ainda está entre as capitais com piores resultados (-0,39). No Rio de Janeiro, o indicador passou de -0,48 para -0,36.

Em termos nacionais, o índice passou de -0,35 para -0,31, com destaque para avanços em educação e renda nas regiões Norte e Nordeste.


No entanto, Porto Alegre e Porto Velho foram as únicas cidades que apresentaram piora no quesito educacional, enquanto 10 capitais registraram queda na renda e 14 no indicador de longevidade.

O índice de longevidade, que piorou de -0,12 para -0,15, reflete que as condições de vida da população negra não tiveram melhorias significativas, sendo influenciadas por fatores como acesso à saúde e condições de trabalho, agravadas pela pandemia de Covid-19.

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