Um dos peixes
mais temidos do Brasil
é, também, bem pequenininho e de aparência pouco ameaçadora. O candiru
tem entre três e 12 centímetros, vive em água doce e tem cabeça pequena.
Ele também se alimenta de sangue e carne em decomposição , pode entrar pelos orifícios do corpo humano e tem um “quê” de canibalismo.
Peixes candirus
Os candirus são um tipo de peixe-gato e fazem parte do gênero Vandellia. Dentro desses, existem algumas espécies diferentes - como explicou Lúcia Py-Daniel , professora e doutora em ictiologia, ao g1. Ela apresentou duas: candiru e candiru-açu.
O candiru é hematófago. O “peixe-vampiro” se alimenta de sangue e pode entrar no corpo de outros animais.
O candiru-açu é necrófago. O “peixe-zumbi” se alimenta principalmente de carne em decomposição dentro da água. Vale tudo, de outros peixes até humanos. Algumas espécies comem apenas peixes menores.
A professora explicou que foram encontrados peixes candiru-açu dentro de corpos retirados de rios da Amazônia durante análises.
Peixe entra no corpo de vítima
O candiru é temido ao norte do país pelo fato de entrar no corpo de pessoas e outros animais para se alimentar. Pelos peixes, a entrada é pelas guelras. Já nas pessoas…
"O candiru está espalhado por toda a Amazônia. Eles são peixes hematófagos, ou seja, se alimentam de sangue. Eles procuram outras espécies com guelra aberta, e ali ficam, e também podem entrar em um ser humano, seja pela uretra, ou mesmo pelo nariz, pelo olho", explicou a doutora.
Há alguns casos registrados, também, de peixes entrando pelas partes íntimas masculinas e femininas, assim como pelo ânus.
Peixe aproveita urina
O candiru é um peixe que anda em cardume e relativamente fácil de ser encontrado na região. Há diversos relatos de pessoas que tiveram encontros desagradáveis com eles.
O peixe pode entrar, por exemplo, na uretra do homem através da urina do próprio. O processo pode ser dolorido e complicado de reverter.
A cabeça do candiru é feita justamente para grudar na carne e sugar sangue. Ele tem pequenos espinhos que perfuram e, na retirada, rasgam mais a pele.
A doutora explicou que não há comprovação científica de que a urina atrai o peixe.