Mariana Martins retirou as próteses em julho
Reprodução: Redes Sociais
Mariana Martins retirou as próteses em julho

A jornalista Mariana Martins, de 36 anos, foi infectada por uma "micobactéria" em uma cirurgia para trocar as próteses de silicone. Segundo ela, o que era um sonho acabou com a mulher se sentindo "mutilada".

Mariana realizou a cirurgia em março e, quatro meses depois, se sentiu frustrada ao se ver no espelho após a retirada das próteses devido à infecção.

“Sempre fui positiva, mas nesse dia eu desabei porque meu peito estava muito bonito depois que coloquei as próteses. Era um sonho que eu tinha. Na hora que tirei o curativo, vi o quanto ficou feio. A cirurgia não era estética, era uma cirurgia para tirar pus. Quando eu vi o corte torto, esquisito, chorei muito. Me senti mutilada”, lamentou Mariana ao g1.

Mariana realizou uma cirurgia para substituir as próteses de mama em Goiânia. Ela relatou que, poucos dias após a operação, começou a sentir dor e queimação na mama direita. Conforme orientação médica, a jornalista retirou as próteses e está atualmente em tratamento com antibióticos.

“Eu entrei no centro cirúrgico com a minha saúde em dia, saudável, e saí com uma infecção que vou ter que tratar, talvez por anos”, disse Mariana.

O que é a micobactéria?

O exame revelou que a jornalista estava infectada por uma "micobactéria de crescimento rápido", que são patógenos capazes de provocar doenças como tuberculose e hanseníase. Especialistas afirmam que essas micobactérias são relativamente comuns e, se não forem tratadas a tempo ou se infectarem indivíduos com sistema imunológico comprometido, podem ser fatais.

"O meu infectologista foi categórico em dizer que contraí durante a cirurgia, mas ele não sabe dizer se estava na prótese ou em qual local estava contaminado. Ele foi categórico: 'Antes da cirurgia você não tinha isso, você contraiu durante a cirurgia'", explicou Mariana.

Em nota, o hospital onde foi realizado o procedimento de Mariana disse que em julho deste ano a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) fez duas inspeções na unidade e “confirmou que tanto o centro cirúrgico quanto o Centro de Material e Esterilização (CME) do hospital estão em conformidade com a legislação sanitária vigente, apresentando condições adequadas de conservação, higiene e recursos humanos”.

A unidade afirmou que adota rigorosamente todos os protocolos de controle de infecção hospitalar, abrangendo medidas de vigilância epidemiológica e um plano de ação para a prevenção de infecções.

“Durante a inspeção, foi verificado que o hospital possui um sistema de rastreabilidade de esterilização de materiais e que a qualidade da água está de acordo com os padrões sanitários”, disse o hospital.

Em comunicado, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a Vigilância Sanitária realizou uma inspeção detalhada dos processos, registros, procedimentos de esterilização e condições do ambiente, e não encontrou nenhuma irregularidade.

“Em termos de fiscalização, o hospital está correto. Não há nenhum outro caso semelhante, relacionado ao mesmo hospital, registrado no Departamento de Controle de Infecção da Vigilância”, finalizou.

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