Carolina Arruda , 27, conseguirá controlar a dor que sente pela neuralgia do trigêmeo, também conhecida como “pior dor do mundo” , a partir de um aplicativo e controles bluetooth.
A jovem tem a condição em um nervo específico do crânio. Subestimado, o trigêmeo acaba transmitindo sensação de dor irradiada para a cabeça.
Com a nova “atualização”, Carolina poderá impedir esse estímulo e, consequentemente, a dor. Funcionará como um controle remoto: não precisa de internet, é conectado por bluetooth e controlado por um aplicativo.
Os estímulos corretos, então, devem partir do app para o nervo - que receberá o estímulo necessário para funcionar bem, mas não para causar dor.
Dispositivo de controle
O controle foi aplicado a um iPod para Carolina, que controla sozinha o que aocontece e sua maneira e demonstrar sua melhora.
Durante algumas semanas de teste, o produto poderá estar completo em breve:
"A gente vai gastar duas a três semanas para conseguir avaliar realmente a efetividade dessa terapia para ela. A lesão continua lá, ela tem a lesão do nervo trigêmeo, mas o neuroestimulador vai controlar a dor", explicou o médico.
Carolina pensou em eutanásia
Carolina Arruma é de São Lourenço, cidade de Minas Gerais, e mora no Centro-Oeste. Casada há três anos, tem uma filha de 10 - e sente dor desde os 16, quando ficou grávida.
A mulher chegou a tentar eutanásia. Mas, como é ilegal no Brasil, a ideia era ir até a Suíça realizar o procedimento.
Porém, foi internada em São Paulo para o tratamento atual em 8 de julho, e rapidamente notou melhoras na dor e diminuição de frequência.
Ela passou por cirurgia com corte no pescoço, precisará de colar cervical e não poderá falar por cinco dias.