Paciente morreu após ser espancado em clínica de reabilitação em SP
Reprodução/Arquivo pessoal
Paciente morreu após ser espancado em clínica de reabilitação em SP

Um paciente morreu após ser espancado em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos de Cotia , na Grande São Paulo, nesta terça-feira (9). O homem, identificado como Jarmo Celestino de Santana , tinha 55 anos e até foi levado a um Vargem Grande do Sul, cidade vizinha na região metropolitana, mas não resistiu. 

Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver Jarmo amarrado em uma cadeira e repleto de hematomas. Nas imagens, alguns funcionários ridicularizam o paciente e dão risada da situação. 

Jarmo era paciente da Comunidade Terapêutica Efatá. De acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM), que foi acionada para atender a ocorrência, dois funcionários da clínica foram levados para a Delegacia Central de Cotia para esclarecer o que ocorreu.

Segundo as investigações, o principal suspeito da agressão é um funcionário da clínica chamado Matheus de Camargo Pinto, de 24 anos. Ele foi detido em flagrante e teve a prisão transformada em preventiva. 

"O Matheus trabalhava como terapeuta, mas não tinha habilitação nenhuma para exercer a função", afirmou o delegado Adair Marques Correa Junior, da Delegacia Central de Cotia, em entrevista ao UOL. 

A Polícia Civil ainda afirma que um áudio revela que Matheus agrediu o paciente. "Cobri no cacete, cobri... chegou aqui na unidade... pagar de brabo... cobri no pau. Tô com a mão toda inchada", disse Matheus, segundo a delegacia que investiga o caso.

Segundo o delegado, Matheus admitiu ter agredido Jarmo, mas disse que utilizou de força excessiva para acalmar o homem. "As agressões foram praticadas pelo Matheus, com possível participação de outras pessoas. O Matheus confessou que agrediu o dependente, mas afirmou que foi para contê-lo porque ele estava exaltado e agressivo", disse Adair Marques. 

Clínica é interditada

A Comunidade Terapêutica Efatá, que tem o Pastor Cleber como proprietário, foi fechada temporariamente. Segundo a Prefeitura de Cotia, o espaço não tinha autorização como clínica.

"O responsável foi notificado a fazer contato com os familiares dos internos para a imediata remoção de todos que permaneciam no espaço, remoção esta que será monitorada pela prefeitura", disse a Prefeitura em nota.

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