Paolla Bastos Neiva e o companheiro também são suspeitos de lavar dinheiro do tráfico de drogas. Casal teve R$ 1,5 milhões em bens bloqueados.
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Paolla Bastos Neiva e o companheiro também são suspeitos de lavar dinheiro do tráfico de drogas. Casal teve R$ 1,5 milhões em bens bloqueados.

O advogado de Paolla Bastos Neiva, de 25 anos, conhecida como a "Gata do crime" de Goiás, afirma que a cliente sofre perseguição da polícia e da imprensa por ser "jovem, bonita e bem-sucedida". A jovem é investigada pelos crimes de tráfico, associação criminosa, duplo homicídio e tentativa de homicídio.

"Durante a instrução processual, será demonstrado sua inocência, pois está sendo vítima de perseguição, por ser jovem, bonita, empresária, e bem-sucedida financeiramente", disse o advogado Welder Miranda.

Ela e o namorado, Valter Esteves de Bessa Júnior, são investigados por suspeita de lavar dinheiro do tráfico de drogas e por serem "chefes" da atividade criminosa em Goiânia. Na última semana, a Justiça ordenou o bloqueio de R$ 1,5 milhões em bens do casal.

Além disso, os dois são suspeitos de envolvimento na morte de João Vitor Menezes, de 22 anos, e da filha dele, uma criança de dois anos, mortos em fevereiro deste ano, no Mato Grosso. A Polícia Civil suspeita que as mortes foram motivadas por disputas de facções criminosas.

Welder Miranda também representa Valter Esteves de Bessa Júnior. No entanto, o advogado disse que, sobre o caso dele, a defesa só vai se pronunciar depois da audiência de instrução e julgamento.

Investigação

Na terça-feira (25), a Polícia Civil deflagrou operação que bloqueou os bens do casal e apreendeu uma caminhonete de luxo avaliada em R$ 250 mil, registrada no nome da mãe de Paolla. Segundo a investigação, Valter tem uma posição elevada em uma facção criminosa do tráfico de drogas.

Segundo o delegado Rhaniel Almeida, a jovem movimentou cerca de R$ 3 milhões em suas contas bancárias sem ter nenhum tipo de trabalho lícito.

A operação desta terça foi um desdobramento da operação realizada no Mato Grosso para investigar a morte de traficantes. Segundo o delegado, durante os cumprimentos dos mandados de busca e apreensão, os agentes encontraram uma identidade falsa de Valter, o que levou a polícia a incluir o casal na lista de investigados.

Segundo a Polícia Civil, a sogra de Valter também está envolvida no esquema de lavagem de dinheiro. Ela gerenciava o recebimento da droga e recebia os aluguéis de imóveis que pertenciam ao suspeito.

A suspeita dos agentes é que eles estejam escondidos em uma comunidade do Rio de Janeiro, onde recebem proteção de uma facção criminosa.

A divulgação da imagem do casal foi autorizada pela Polícia Civil, para auxiliar no reconhecimento e prisão dos suspeitos.

Leia nota na íntegra da defesa da Paolla Bastos Neiva:

O advogado Welder de Assis Miranda, que representa as investigadas, fazendo a defesa de três pessoas: Paolla Bastos, Luzia Bastos e Kethelen Beatriz.

Primeiramente, os fatos apresentados são inverídicos. Paolla não foi no estado do Mato Grosso matar nenhuma das vítimas, nem deu ordem para a consumação do fato.

Em segundo lugar, a defesa informa que no dia do fato em que as vítimas foram mortas, os autores foram homens. Paolla não conhecia as vítimas, nunca tendo tido nenhuma desavença com as mesmas.

Não há filmagem do crime, interceptação em desfavor de Paolla, ou mensagem dando ordem para que as vítimas fossem mortas, pagamento ou promessa de pagamento para que o crime fosse consumado.

Paolla está à disposição do Delegado de Polícia do Mato Grosso e da DENARC para elucidar os fatos, pois não tem qualquer participação direta ou indireta na consumação do fato.

Durante a instrução processual, será demonstrada sua inocência, pois está sendo vítima de perseguição por ser jovem, bonita, empresária e bem-sucedida financeiramente.

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