Grãos de café
Reprodução: Flipar
Grãos de café

Emildinho Madeira, deputado do PL-MG, acredita que leis contra escravidão em Minas Gerais deveriam ser amenizadas. À luz da descoberta de diversos trabalhadores em condições análogas à escravidao serem resgatados de fazendas de Minas Gerais, Emildinho Madeira, deputado do PL-MG, pressiona pela mudança de leis de fiscalização trabalhistas.

Em junho, 24 pessoas foram resgatadas em áreas de plantação de café em Nova Resende, Juruaia e Areado, ao sul do estado. O café é a área que mais reúne pessoas em estado análogo à escravidão no Brasil. De acordo com o Ministério do Trabalho, em 2023 300 pessoas foram encontradas em plantações.

Madeira, em pronunciamento, criticou a atitude da polícia na abordagem de fiscalização. Para ele, servidores e polícia causam pânico nos produtores do café ao se apresentarem com “armas pesadas” e ficarem tempo demais nas propriedades.

De acordo com UOL, boa parte dos cafeicultores é eleitora da bancada do PL, e Madeira é coordenador da Frente Parlamentar do Café.

Para ele, no lugar das operações atuais, deveria acontecer algo na linha do diálogo para não atrasar a colheita: "Senhores auditores, a tinta da caneta, essa multa, é muito pesada e tira muita gente da atividade. Onde vocês passaram nessa semana, a colheita desse ano e do ano que vem dos pequenos produtores já estão comprometidos com a justiça e o nome travado."

Para ele, o ideal seria a “dupla visita”: aviso no primeiro dia, e ação de punição em outro. Pela lei, ela não se aplica à escravidão, trabalho infantil e outros crimes graves.

Família Madeiro e histórico de escravidão

Emídio Alves Madeira, pai do deputado, envolveu-se anteriormente em casos de escravidão. Duas vezes, em 2017, entrou na lista de pessoas responsáveis por trabalho análogo à escravidão. No total, foram resgatadas 74 pessoas.

Ameaças de investigação

De acordo com o UOL, há alguns meses a Polícia Federal e a Superintendência Regional do Trabalho investigam diversos áudios e ameaças enviados aos servidores públicos e fiscais de Minas Gerais.

A hipótese é que o homem preso pelos atos agiu por mando de outra pessoa. O celular dele foi apreendido, ele foi preso e prestou depoimentos.

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