
O "Jogo do Tigrinho" ganhou bastante notoriedade nos últimos meses, com relatos de pessoas perdendo dinheiro e influenciadores enfrentando acusações legais no Brasil. A "propaganda" virou um desafio para usuários de WhatsApp e Instagram, que estão recebendo muitas mensagens e convites de perfis falsos.
Com todo o caos e incômodo na internet por causa do jogo, o momento agora é de responsabilizar e até cobrar legalmente os proprietários.
Quem criou o Jogo do Tigrinho?
O Jogo do Tigrinho foi desenvolvido pela Pocket Games Soft, que tem sede em Malta. No momento, ele faz parte dos jogos disponíveis no portfólio da empresa, que inclui dezenas de outros jogos no estilo de cassino online. No site oficial da PG Soft, é possível encontrar outros títulos como Chicky Run e Zombie Outbreak, todos pertencentes à mesma categoria.
No site da PG Soft, o Jogo do Tigrinho se encontra na categoria caca-níqueis. Uma pesquisa do site Aposta Legal, realizada no ano passado, revela que o Fortune Tiger, Aviator e Mines são os jogos de cassino preferidos dos brasileiros.




Investimento
Uma pesquisa da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) revelou que 37% da população brasileira investe. Segundo o estudo, o "jogo do tigrinho", que supera em sete vezes o volume da Bolsa de Valores brasileira, acende um alerta vermelho. Essa estatística alarmante evidencia a confusão generalizada entre apostas e investimentos, duas atividades com naturezas e objetivos distintos.
A especialista em finanças pessoais Carol Stange destaca que investir significa aplicar recursos em ativos com o propósito de gerar renda a longo prazo e multiplicar o patrimônio de forma sustentável. Já apostar se refere a arriscar capital em jogos de azar na busca por um ganho rápido e incerto, muitas vezes resultando na perda total ou parcial do valor investido.
“A falta de educação financeira é um dos principais fatores que contribuem para a falsa percepção de apostas como investimento. É fundamental que as pessoas compreendam os riscos e incertezas inerentes às apostas, enquanto os investimentos, quando realizados de forma consciente e embasada em conhecimento, oferecem maior previsibilidade e potencial de retorno", diz Stange.
A especialista em finanças pessoais alerta que, ao contrário dos investimentos, as apostas não oferecem nenhuma garantia de retorno. As chances de sucesso são extremamente baixas, e a perda total do capital investido é um risco real e frequente.
“Além do prejuízo financeiro imediato, as apostas podem levar ao vício, à compulsão e a graves problemas psicológicos e sociais. Indivíduos endividados por causa de apostas frequentemente enfrentam dificuldades em arcar com outras obrigações financeiras, comprometendo o bem-estar familiar e a qualidade de vida”, diz Carol Stage.
Golpes




















Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp.