Jair Bolsonaro e Adélio Bispo de Oliveira
Montagem iG/ Reprodução
Jair Bolsonaro e Adélio Bispo de Oliveira

A Polícia Federal reiterou sua conclusão de que Adélio Bispo de Oliveira foi o único responsável pelo ataque ao então candidato à Presidência Jair Bolsonaro durante um evento de campanha em Juiz de Fora (MG) em 2018. O relatório, elaborado após a retomada das investigações sobre a possível participação de outras pessoas no ataque com faca, recomenda o arquivamento do inquérito, descartando o envolvimento de terceiros. Adélio está sob custódia no presídio federal de Campo Grande desde o incidente.

A PF, em comunicado à imprensa, informou que novos mandados de busca e apreensão foram cumpridos durante a investigação, visando analisar equipamentos eletrônicos e documentos. A apresentação do relatório final ocorreu em resposta a solicitações do Ministério Público Federal, cabendo à Justiça decidir sobre o arquivamento ou a continuidade do inquérito.

Em maio de 2020, a Polícia Federal já havia concluído que Adélio Bispo agiu sozinho e que não havia evidências de mandantes por trás do crime.

Advogado suspeito de vínculo com organização criminosa

Durante as investigações, a PF identificou uma suposta ligação entre um dos advogados de Adélio e uma organização criminosa, o PCC. No entanto, não encontraram evidências dessa organização estar envolvida no atentado contra Bolsonaro.

"Comprovamos, sim, a vinculação desse advogado com o crime organizado [PCC], mas nenhuma vinculação desse advogado com a tentativa de homicídio do ex-presidente. Com isso, encerramos essa investigação. Apresentamos ao Poder Judiciário hoje [terça-feira] esse relatório sugerindo, em relação ao atentado, o arquivamento", afirmou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

Segundo a TV Globo apurou, a PF verificou que o advogado assumiu a defesa de Adélio em busca de autopromoção.

Nesta terça-feira (11), o advogado foi um dos alvos de uma operação da PF que investiga crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa em Minas Gerais.

A Operação Cafua resultou na execução de quatro mandados de busca e apreensão, bem como na suspensão das atividades de 24 estabelecimentos comerciais e no bloqueio de bens de 31 pessoas físicas e empresas, totalizando R$ 260 milhões.

Um avião, que supostamente pertenceria ao advogado de Adélio Bispo de Oliveira, foi apreendido pelos investigadores.

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