Os produtos estavam por um preço abaixo do mercado
Reprodução: Flickr
Os produtos estavam por um preço abaixo do mercado

Uma operação policial em São Paulo prendeu cinco pessoas por alterarem a fórmula e o prazo da validade do Whey Protein, creatina e vitaminas . O crime oferecia risco a saúde dos consumidores, que compravam os produtos por um baixo preço.

O dono da KHorto Suplementos, José Roberto Adriano Ferreira de Assis, mais conhecido como Betão, foi um dos presos nessa operação. Ele é investigado como principal mentor do crime.

Segundo o Fantástico, há conversas de Betão dizendo que um dos produtos estava com "miolo de rato".

Inicialmente, a investigação tinha o objetivo de encontrar provas de fraudes fiscais, mas logo descobriu a quadrilha, que cometia crimes contra a saúde pública.

"Esses produtos, com a data de vencimento já expirada, costumam se empedrar, então, eles abriam as embalagens, colocavam esses produtos em uma centrífuga para que voltasse ao estado anterior, e reembalavam", disse delegado Eduardo Miraldi, da Polícia Cível de São Paulo, ao Fantástico.

Mensagens

"Ô, Betão, deixa eu te falar uma coisa: aqueles energéticos venceu mês 3 agora. Tá a fim, não?", disse um dos negociadores, em um áudio encaminhado a Betão.

Em outra mensagem de voz, Betão encomendou a adulteração de rótulos dos produtos vendidos. "Vê se consegue apagar aí a validade", disse.

"Eles tinham uma casa que eles denominavam de 'casinha'. No dia da apreensão, esses produtos estavam espalhados por todo o imóvel, inclusive dentro do banheiro, ou seja, nenhuma condição de higiene", disse o delegado Miraldi ao Fantástico.

Betão, que realizava a maior parte da venda pela internet, se compara a um "lixão", e diz que todos o procuram para vender "coisa estourada".

O suspeito de ser o mentor do crime foi preso e já foi solto. Segundo sua defesa, "os fatos serão esclarecidos na investigação". Os advogados disseram ainda que estão convictos da "inexistência de adulteração dos produtos".

De acordo com o delegado Miraldi, a quadrilha também trabalhava em colaboração com outras empresas e a segunda fase da operação irá atrás disso. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também vai investigar o caso, incluindo os rótulos originais dos produtos para checagem.

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