Cleusimar erea a mente por trás da seitaa
Reprodução: Instagram
Cleusimar erea a mente por trás da seitaa

Mãe de Djidja, ex-sinhazinha do Boi Garantido, Cleusimar Cardoso foi presa na última quinta-feira (30) por envolvimento com tráfico de drogas, após a morte da filha, em Manaus. Ela é apontada como a líder da seita, batizada de "Pai, Mãe, Vida",, que se baseava no uso da droga Ketamina para acessar "outras dimensões".

Segundo a polícia, Djidja, a mãe e o irmão, Ademar, acreditavam ser Maria Madalena, Maria e Jesus Cristo. Além da prisão dos dois, outros três funcionários da rede de salões Belle Femme, em que a família era dona, foram presos.

Quem é Cleusimar Cardoso?

Cleusimar foi eleita Rainha do Peladão em 1984, aos 14 anos, conquistando o título pelo voto popular, assim como sua filha faria mais tarde. Em 2021, depois de deixar o posto de sinhazinha do Boi Garantido, Djidja recebeu um convite para participar do reality show "A Bordo - O Reality", transmitido pela emissora amazonense TV A Crítica. Esse concurso de beleza acontece em um barco em Manaus, onde as participantes ficam confinadas. Djidja venceu a competição, sendo coroada "Rainha do Peladão" daquela edição também por voto popular, e ganhou um prêmio de R$ 30 mil.

Cleusimar e Ademar foram presos na quinta-feira, após um mandado de prisão preventiva por tráfico de drogas e envolvimento com o tráfico. O irmão de Djidja também foi alvo de um mandado pelo crime de estupro.

Ao jornal O Globo, o advogado da mãe e do filho, Vilson Benayon, esclareceu que eles ainda não prestaram depoimento por estarem alterados pelo uso de drogas. Segundo ele, o lucro dos salões Belle Femme era direcionado ao vício.

"Pedimos o toxicológico e a internação compulsória dos dois em uma clínica de reabilitação. Eles foram atendidos na enfermaria do complexo prisional em crise de abstinência. Ontem estavam de um jeito, hoje estão de outro. O que eles têm é uma patologia, a prisão os salvou da morte", disse o advogado, ao GLOBO.

A defesa diz ainda que Cleusimar e Ademar não vendiam drogas, somente adquiriam para uso próprio.

Djidja Cardoso

Djidja Cardoso morreu na manhã de terça-feira (28), aos 32 anos. Ela tinha mais de 60 mil seguidores no Instagram e também comandava o salões Belle Femme. 

A causa da morte não foi divulgada. Em comunicado, a família afirmou que "toda e qualquer circunstância que envolveu seu falecimento será esclarecida perante as autoridades".

Djidja estava sendo investigada pela Polícia Civil do Amazonas por envolvimento em uma seita com sua família. Durante a prisão, a mãe e o irmão informaram à defesa que utilizam drogas há menos de um ano e que forçavam funcionários de uma rede Belle Femme a consumir ketamina, uma droga com efeito sedativo que também pode causar alucinações. A droga é usada em alguns casos para tratar depressão.

Em 2020, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso da ketamina para tratar transtornos mentais.

Delegado na seita

O delegado Cícero Túlio, responsável pelas investigações do caso Djidja, revelou que foi convidado por Cleusimar a entrar na seita Pai, Mãe, Vida.

Em uma entrevista concedida a um programa da TV A Crítica, o delegado compartilhou algumas declarações feitas pela mãe de Djidja enquanto ela estava em contato com a equipe policial. Isso ocorreu após sua prisão juntamente com seu filho Ademar. 

“Tivemos uma conversa para compreender melhor os conceitos que eles colocavam nessa seita e como eram encarados. Em certo momento, ela me disse que eu precisava estar inserido para entender, que isso transcende para outra dimensão”, disse o delegado.

Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique  aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!