Namorada envenenou brigadeiro por motivação econômica, diz delegado

Júlia Pimenta é acusada de matar o empresário Luiz Ormond para ficar com sua fortuna

Júlia Andrade Cathermol Pimenta e o namorado Luiz Marcelo Ormond
Foto: Reprodução
Júlia Andrade Cathermol Pimenta e o namorado Luiz Marcelo Ormond

O delegado Marcos Buss, responsável pelo caso, afirmou que a namorada suspeita de  matar o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond teria cometido o crime por questões financeiras. O corpo da vítima foi encontrado no próprio apartamento, em Engenho Novo, na zona norte do Rio. A linha de investigação atual da Polícia Civil aponta para homicídio qualificado, com as qualificadoras de motivo torpe (fútil) e emprego de veneno.  "A motivação [do crime] é econômica", reitera o delegado.

Segundo Buss, Julia teria assassinado a vítima para ficar com os bens do empresário e teria permanecido no apartamento com o corpo por pelo menos dois dias antes de o cadáver ser localizado. Ele enfatizou que a motivação do crime é econômica.

A polícia recebeu informações de que Julia estava em processo de formalizar uma união estável com a vítima. O delegado destacou que, em determinado momento, a vítima desistiu da formalização dessa união, o que reforça a hipótese de homicídio e não de latrocínio (roubo seguido de morte).

"Em determinado momento, nos parece que a vítima desistiu da formalização dessa união e isso até robustece a hipótese de homicídio e não latrocínio [roubo seguido de morte] puro e simples porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável tivesse formalizada."

Um amigo de Luiz afirmou que as brigas do casal eram constantes. Ele revelou que o empresário tinha medo de se casar por causa dos bens dele e que tinha receio de ter que dividi-los com alguma companheira.

Em depoimento, Julia relatou que tinha um relacionamento esporádico com Luiz desde 2013, mas só foi morar com ele em 19 de abril. Ela alegou que decidiu se separar após descobrir que Luiz conversava com outras mulheres em sites de relacionamento enquanto ela dormia. A mulher disse que foi embora no dia 20 de maio, após o empresário ter feito café da manhã para ela.

O caso

A causa da morte ainda não foi revelada, mas os investigadores acreditam que Luiz comeu um "brigadeirão" envenenado. Câmeras de segurança registraram o empresário pela última vez com vida no dia 17 de maio, quando ele estava com Julia no elevador e carregava um prato que poderia conter o doce com o veneno.

Imagens das câmeras de segurança do prédio mostram Luiz Marcelo segurando um prato, enquanto Júlia oferece uma cerveja, levantando a possibilidade de que o brigadeirão envenenado já estivesse presente naquele momento.

Julia teria permanecido no apartamento da vítima por dias, o que, para o delegado Marcos Buss, evidencia extrema frieza. A polícia considera o crime premeditado.

Uma outra mulher foi presa por suspeita de envolvimento no crime. Suyany Breschak, que seria conselheira espiritual de Julia, foi detida e é suspeita de ajudar a foragida a vender alguns bens do empresário. Em depoimento, Suyany afirmou que Julia teria matado o namorado com um "brigadeirão" envenenado e que a suspeita seria garota de programa.

Em depoimento à polícia, Suyany afirmou que Júlia teria preparado um brigadeirão "envenenado" com 50 comprimidos moídos de Dimorf, um medicamento contendo morfina, indicado para dores intensas agudas e crônicas, e que Luiz teria consumido o doce com a medicação. A informação é do jornal O GLOBO.

Júlia permanece foragida da justiça, com um mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado. O caso permanece sob investigação pela 25ª Delegacia de Polícia (Engenho Novo).

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