Personal Bruno Fidelis foi solto horas após a prisão
Reprodução: Redes Sociais
Personal Bruno Fidelis foi solto horas após a prisão

Um personal trainer de 41 anos, morador de Caldas Novas (GO), foi preso suspeito de importunação sexual contra uma aluna durante uma avaliação física. A  Polícia Militar ainda revelou prints que mostram que o profissional de Educação Física, Bruno Fidelis, tentou convencer a jovem de 22 anos a não denunciar o caso.

O caso aconteceu no dia 21 de maio. No mesmo dia, ele foi preso e teve a soltura determinada pela Justiça logo após ser detido. A defesa do personal alega que ele exerce a profissão há mais de 5 anos, atende mais de 100 alunos, e que nunca reclamaram dele.

“Se você tivesse dito ‘não’, eu não teria encostado em você. Achei que você estava correspondendo. Me enganei. Por favor, não comente com ninguém”, escreveu o professor em mensagem enviada à aluna.

Avaliação de biquíni

A mulher denunciou o caso à polícia, relatando que foi realizar a avaliação física de biquíni para as medições e fotografias, até que o personal, enquanto media, passou a acariciar os seios da vítima por debaixo do biquíni.

Segundo o delegado, a mulher fazia acompanhamento com Bruno há 40 dias. A polícia disse ainda que o personal afirmou que “revisou as medições do corpo da aluna, mas que não teve intuito de tirar proveito sexual e que foi um mal-entendido por parte dela”.

Nos prints capturados pela vítima, ela mostra a conversa pelo WhatsApp que teve com Bruno. A mulher questiona porque ele "passou a mão" nela e diz que ela "nunca deu liberdade" para o ato. Ele assume o erro e pede perdão. Veja:

Prints mostram conversa de personal suspeito de importunar sexualmente aluna
Divulgação: PM
Prints mostram conversa de personal suspeito de importunar sexualmente aluna


Leia a nota da defesa do personal na íntegra:


"Os advogados Lucas Morais Souza e Arlen S. Oliveira, esclarecem que ainda estão tomando ciência das acusações arroladas nos autos de inquérito policial. Informam ainda que o personal exerce a profissão há mais de cinco anos, atendendo mais de 100 alunos neste período, pautando sempre pela ética, transparência e a busca do melhor resultado para os alunos.

Neste período, nunca obteve nenhuma reclamação de seus alunos, e, no curso das investigações, demonstrará a improcedência das acusações. Nesse compasso, a defesa buscará no curso do processo demonstrar que o investigado agiu sempre pela boa-fé e ética, cumprindo com o exercício da função que lhe foi confiado por seus alunos.

Sobre as conversas trocadas no dia do suposto fato, percebe-se pelo próprio teor que em momento algum houve conotação de ameaça, coação ou constrangimento, mas simplesmente um ato de buscar esclarecer os fatos mal entendidos.

A relação entre aluna e personal era amistosa o que pode também ser percebido pelas mensagens enviadas e compartilhadas via redes sociais durante os treinos pela própria aluna.

Os advogados Lucas Morais Souza e Arlen S. Oliveira, esclarecem que a Delegacia de Polícia Civil encaminhou ao judiciário as documentações e levantamentos apurados até o presente momento. Na ocasião, o juízo responsável pelo caso, ao analisar os documentos, deliberou da seguinte maneira: "O autuado constituiu defensor, apresentou comprovante de endereço, possui ocupação lícita, não possui condenações transitadas em julgado.

Desse modo, não há motivos que justifiquem o decreto preventivo, com base nos pressupostos autorizadores (art. 312 do CPP). In casu, qualquer afirmação no sentido de que existem motivos para manter a prisão do autuado não passará de presunção de periculosidade, o que viola o ordenamento constitucional, mormente o princípio da inocência, vez que o autuado ainda não foi submetido a julgamento.

P or fim, informamos que as informações levantadas são embrionárias e que qualquer julgamento neste momento ofende o princípio da presunção de inocência. Os fatos devem ser apurados sob o crivo do contraditório e ampla defesa em juízo."

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