A Polícia Federal (PF) obteve acesso a imagens exclusivas e conduziu entrevistas que corroboram informações sobre a venda e recompra ilegal das joias que compunham o conhecido "kit ouro branco", o qual Jair Bolsonaro alegadamente apropriou-se de maneira irregular durante seu mandato como chefe de Estado.
As evidências visuais, documentais e testemunhais também indicam o envolvimento de uma nova figura na operação clandestina.
O "kit ouro branco", composto por anel, caneta, abotoaduras e um rosário islâmico ("masbaha"), todas adornadas com diamantes, foi recebido por Bolsonaro durante sua visita oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019. O conjunto também incluía um relógio Rolex, que foi comercializado separadamente em uma loja na Pensilvânia. O valor total do conjunto foi estimado em pelo menos R$ 500 mil.
Os investigadores obtiveram imagens das joias expostas na referida loja antes de serem recompradas. Além disso, a PF conseguiu acesso aos anúncios para a revenda dos itens.
O responsável pela venda e subsequente recompra das joias foi identificado como Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, de acordo com relatório policial.
Essas informações foram levantadas pelos agentes da PF durante diligências nos Estados Unidos como parte do inquérito que investiga a alegada apropriação e venda ilegal de joias recebidas por Bolsonaro, pertencentes ao acervo da Presidência.