Hosmany Ramos foi preso em SC na última quarta-feira
Reprodução/redes sociais
Hosmany Ramos foi preso em SC na última quarta-feira

O cirurgião plástico Hosmany Ramos, 79, foi preso em flagrante nesta quarta-feira (1º) em Santa Catarina acusado de tentativa de homicídio, após atirar de raspão na cabeça de um homem em um bairro de classe alta de Itajaí. 

A prisão em flagrante desta última quarta foi convertida em preventiva, após um pedido da Polícia Civil. As autoridades de Santa Catarina estão investigando o caso.

Esta não é a primeira vez que Ramos vai para a cadeia - ele já passou mais de 35 anos detido por crimes como homicídio, sequestro e assaltos, todos praticados na década de 1970.

O médico estava solto desde 2016 após extinção da pena, em decorrência da idade e por ter cumprido mais de um terço da sentença, mas estava sendo investigado há pouco mais de um ano -  a polícia suspeita que Ramos tenha furtado um celular em fevereiro de 2023. 

Relembre a história e os crimes de Hosmany Ramos

Antes de ir para a cadeia, o cirurgião plástico era conhecido na alta sociedade carioca. Ramos era conhecido, entre outros motivos, por ter atuado na equipe do renomado cirurgião Ivo Pitanguy.

Na época em que foi preso, Ramos foi condenado pelo roubo de aviões e pela morte a tiros e pauladas do seu cúmplice, o piloto Joel Avon, em um hotel na cidade de Itapacerica da Serra (SP), para evitar que ele revelasse à Justiça os crimes cometidos pelos dois.

A Justiça concedeu uma pena de 43 anos ao médico em 1981. Ele deu trabalho para os seguranças na cadeia, pois tentou fugir mais de dez vezes. Em uma dessas tentativas, conseguiu trancar quatro agentes em uma cela da superintendência da Polícia Federal do Rio. 

Depois de várias tentativas, Ramos conseguiu fugir da prisão anos depois, em 2008, durante a saída temporária de Natal.

Pouco tempo após a fuga, Ramos foi preso de novo - mas desta vez em Reikjavik, na Islândia, onde tentava entrar usando um passaporte falso, com o nome do irmão . Ele foi condenado a 15 dias de prisão no país e teve a pena estendida a pedido do governo brasileiro.

O médico fez diversas cirurgias plásticas na cadeia, para remover tatuagens de presidiários ou ajudá-los com lesões. Além disso, dedicou-se à literatura e escreveu mais de 20 livros.

Depois anos após sair da prisão, em 2018, lançou sua candidatura a deputado federal por São Paulo pelo Avante. A Justiça Federal, entretanto, barrou a candidatura do médico ao julgar procedente uma impugnação do Ministério Público com base em processos de condenação. Em sua curta campanha, o cirurgião defendia a liberação de cassinos e da maconha.

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