A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) , deflagraram nesta terça-feira (30) a Operação Plenitude. O objetivo é apurar crimes relacionados a lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos no Pará.
A principal empresa envolvida na investigação atua no estado prestando serviços de engenharia sanitária e rodoviária para órgãos públicos, sendo um dos maiores credores de entes públicos no estado.
Durante a operação, foram cumpridos 46 mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de ativos da ordem de R$ 1,7 bilhão. As buscas acontecem nos municípios paraenses de Belém, Benevides, Parauapebas, Ananindeua, Santa Maria do Pará e São Miguel do Guamá, além de Barueri (SP).
Investigações
A investigação foi iniciada pela Polícia Federal a partir da suspeita de lavagem de dinheiro com fortes elementos de desvio de recursos públicos, indicando a atuação de uma organização criminosa formada por pessoas físicas, incluindo servidores públicos, que utilizavam uma rede de empresas com indicativo de serem de fachada.
As movimentações de quase R$ 2 bilhões, feitas pela principal suspeita da investiação e que chamaram a atenção das autoridades, aconteceram entre 2017 e 2022.
Por meio de trabalho realizado pela CGU, foi identificado licitações e contratos financiados com recursos federais, sobretudo da área da saúde, nos quais foi detectada potencial restrição da competitividade e habilitação irregular da vencedora.
Esses recursos públicos incluem valores que deveriam ser destinados às áreas da saúde, saneamento e limpeza urbana.