Julisses Fleming, pai de Carlos Teixeira, um estudante de 13 anos que faleceu após ser agredido por colegas na Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande (SP), revelou em entrevista ao G1 que as últimas palavras do filho foram sobre o medo de morrer.
Carlos foi vítima de agressões por parte de colegas que pularam em suas costas, resultando em lesões graves que levaram à sua morte.
"Meu filho disse que tinha medo de morrer na hora que ele estava morrendo [...]. Eu falei que o pai estava do lado dele e ia dar tudo certo, só que no final aconteceu uma tragédia", lamentou Julisses, que acompanhou o garoto no hospital até o último dia.
O adolescente teve três paradas cardiorrespiratórias na última terça-feira (16) enquanto estava internado na Santa Casa de Santos. Ele recebeu atendimento médico pela primeira vez em 9 de abril, quando foi agredido na escola.
Apesar das dores, Carlos agradecia a Deus e aos médicos, conforme relatou o pai. No entanto, pouco antes de falecer, o menino confirmou ao pai que estava com medo de morrer.
Julisses expressou seu perdão aos estudantes que agrediram seu filho, mas também enfatizou a necessidade de justiça. "O que aconteceu hoje com o meu filho, amanhã pode acontecer com outros filhos. Isso que está me matando [...] Quero justiça dentro da lei", declarou.
A família afirma que o menino sofria bullying na escola e já tinha sido agredido em outros episódios.
A Secretaria de Educação do Governo de São Paulo divulgou uma nota repudiando a agressão e lamentando a morte do estudante.
A Prefeitura de Praia Grande também manifestou solidariedade à família e solicitou uma investigação do caso, que está sob responsabilidade da Polícia Civil. A causa exata da morte ainda não foi divulgada, mas o pai acredita que foi consequência das agressões.
Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Clique aqui e faça parte do nosso canal no WhatsApp