Clayton Ferreira dos Santos, professor de Educação Física
Reprodução: Arquivo pessoal
Clayton Ferreira dos Santos, professor de Educação Física

Um professor de Educação Física foi preso na terça-feira (16) acusado de participação em um sequestro e roubo. No entanto, a escola onde ele trabalha diz que ele estava em aula na capital paulista no momento do sequestro. O local fica a 200 quilômetros de onde aconteceu o crime.

Clayton Ferreira dos Santos, de 40 anos, foi temporariamente preso. A vítima do crime é uma senhora de 74 anos, que foi sequestrada e teve R$ 11 mil roubados na cidade de Iguape, no Vale do Ribeira. Por meio de uma foto, ela diz ter reconhecido o professor.

Segundo a defesa de Clayton, ele lecionava no momento do sequestro. O crime aconteceu por volta das 9h do dia 31 de outubro de 2023, conforme diz boletim de ocorrência citado pelo UOL. Os advogados de Ferreira alegam que eles estava dando aula em uma escola na capital paulista.

"O Clayton jamais esteve nessa comarca [Iguape] e, no horário e na data em que foi realizado o roubo, ele estava trabalhando. Ele é professor de educação física. A escola expediu uma declaração, forneceu para nós os atestados, as folhas de ponto", disse Danilo Reis, da defesa do professor, ao UOL.

Reis disse ainda que vai entrar com pedidos de habeas corpus e de revogação da prisão temporária. O advogado declara que há um "grande equívoco" no caso e que todas as medidas serão tomadas para comprovar a falha no inquérito policial.

"Mais uma pessoa negra, de comunidade, sem apontamento negativo criminal algum, está em cárcere por causa de um mero reconhecimento fotográfico", disse o advogado.

Ferreira trabalha em uma escola no Jardim Saúde, zona sul da capital. A instituição emitiu um documento afirmando que ele estava na escola na hora do crime. O registro tem assinaturas do diretor da unidade e do professor.

No documento, com assinatura do professor e do diretor da unidade, consta que Clayton leciona na unidade de segunda a sexta-feira, entre 7h e 16h20.

"Posso afirmar que ele trabalhou no dia 31. Fiz a declaração dos horários, todos eles, e encaminhei. Estou achando estranho toda essa situação, ele é um professor que nunca deu trabalho, sempre trabalhou certinho. E, de fato, ele estava dando aula", afirmou ao UOL Vilson Sganzerla, diretor da Escola Deputado Rubens do Amaral, onde Clayton trabalha.

O sequestro

Uma senhora foi sequestrada para dentro de um celta preto em Iguape. Segundo o boletim de ocorrência acessado pelo UOL, duas mulheres e um homem, que estavam dentro do carro, obrigaram a vítima a entrar em uma agência bancária e fazer dois saques, um no valor de R$ 5.000 e outro de R$ 6.000.

Em seguida, a senhora diz que foi obrigada depositar a quantia na conta de uma das sequestradoras. De volta no carro, eles deixaram a vítima numa rodovia. Eles levaram ainda os cartões de banco dela.

Além do professor, uma mulher também foi temporariamente presa. Ela teria sido reconhecida em foto e seria a titular da conta bancária que recebeu o dinheiro transferido pela senhora.

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