Quem foi Amelia Earhart: pioneira da aviação que desapareceu em 1937

Uma expedição afirma ter encontrado o avião de Amelia, a primeira mulher a atravessar o Oceano Atlântico pilotando um avião

Foto: WikiCommons
Amelia Earhart, pioneira da aviação que desapareceu em 1937


Nesta semana, uma equipe de exploradores acredita ter localizado os destroços da aeronave da piloto Amelia Earhart , primeira mulher que cruzou o Oceano Atlântico pilotando um avião.

Em 1937 ela decolou pela última vez para tentar dar a volta ao mundo, mas o plano deu errado e ela desapareceu de modo que até hoje é um mistério.

Amelia nasceu em 24 de julho de 1897 em Atchison, que fica no estado do Kansas, mas morou em várias cidades dos EUA com sua família, que se mudava muito.

Seu pai, Samuel Edwin Stanton Earhart (1868-1930), era um advogado ferroviário; a mãe, Amelia (Amy) Otis Earhart (1869-1962), vinha de uma família tradicional da região.

Após a morte dos avós, a família enfrentou dificuldades financeiras devido ao alcoolismo do pai, e Amelia concluiu o ensino médio em Chicago, no ano de 1916.

O primeiro contato com a aviação foi durante a Primeira Guerra Mundial, quando Amelia visitou a irmã em Toronto, e decidiu ficar no Canadá para trabalhar em um hospital militar.

Em 1920 ela fez sua primeira viagem, descobriu uma paixão e passou a ter aulas de voo com a aviadora Neta Snook. 


Aos 25 anos, Amelia comprou um biplano Kinner Airster amarelo, que ela chamava de “canário”, com o qual estabeleceu o recorde feminino de altitude para a época: 14.000 pés. Após o divórcio de seus pais, a pioneira da aviação se mudou para Massachusetts, onde trabalhava numa casa de abrigo para imigrantes.

De acordo com o National Women's History Museum, em 1928 a vida de Amelia mudou quando ela conheceu George Putnam, editor que lhe convidou para se tornar a primeira mulher a cruzar o Atlântico de avião, mas como passageira, e ela foi a sensação da história quando eles pousaram. 

A partir daí, George seguiu sendo o produtor de Amelia, e publicando os livros dela: "20 Hrs. 40 Mins" (1928) e "The Fun of It" (1932). Eles se casaram em 1931, e Amelia decidiu não mudar seu sobrenome por considerar o casamento uma união igualitária.

A popularidade e competência renderam a ela o posto de editora de aviação na famosa revista "Cosmopolitan" por um breve período. Em 1932, ela se tornou a primeira mulher a voar sozinha através do Atlântico, pilotando a aeronave, conquistando prêmios e ajudando a fundar a Ninety-Nines, uma organização para mulheres aviadoras.

Amelia estava perto de completar 40 anos quando decolou em seu último voo. Ela desapareceu em 1937, sobrevoando o Oceano Pacífico, em algum lugar entre a Austrália e o Havaí. Ela deveria passar pela ilha de Howland no caminho, mas nunca chegou lá.

Após dois anos de buscas, Amelia Earhart foi declarada morta, e os investigadores concluíram que o avião caiu na água, mas os corpo dela e do navegador Fred Noonan nunca foram encontrados.