O novo ministro da Justiça , Ricardo Lewandowski, convidou o atual chefe da Assessoria Especial da Secretaria de Relações Institucionais, Jean Uema, para assumir o comando da Secretaria Nacional de Justiça. Uema aceitou a indicação e substituirá Augusto de Arruda Botelho, que deixou o cargo nesta quarta-feira (31) após um ano de atuação.
O advogado Jean Uema é conhecido por sua proximidade com o ministro Alexandre Padilha, e sua nomeação também conta com o respaldo do advogado-geral da União, Jorge Messias. A mudança na liderança da Secretaria Nacional de Justiça é parte das transições em andamento no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A Secretaria Nacional de Justiça desempenha um papel crucial na coordenação da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, em colaboração com diversos órgãos da administração pública. O novo secretário, Jean Uema, assume a responsabilidade em um momento significativo, marcando o início da gestão de Ricardo Lewandowski à frente do Ministério da Justiça.
Saída de Augusto Botelho
Por meio de um comunicado nas redes sociais, Augusto de Arruda Botelho anunciou que deixa o cargo com a nova gestão de Lewandowski e agradeceu a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro da pasta Flavio Dino, responsável pela indicação dele.
"Foi um período intenso de trabalho e tenho muito orgulho de nossas entregas", escreveu Botelho, citando a reestruturação da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, a redação da Política Nacional de Migração, Refúgio e Apatridia e a criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas e Comunicadores. "Continuarei, agora em outros campos, defendendo e lutando pelo governo do presidente Lula e pelo Brasil", completou, desejando sucesso a Lewandowski na gestão.
Botelho é advogado, especialista em direito penal econômico pela Universidade de Coimbra e pela Universidade de Salamanca. Ele iniciou a carreira no escritório de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça no primeiro mandato do presidente Lula. Botelho também foi conselheiro na Human Rights Watch — organização que defende e realiza pesquisa sobre direitos humanos — e do Projeto Inocência — organização brasileira com o objetivo de enfrentar as condenações de inocentes no país.