O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “humanamente impossível de aceitar” os ataques que provocaram a destruição de Gaza. A declaração foi dada no sábado (23), durante um almoço com os repatriados palestinos.
Lula lembrou os registros de crianças e mulheres mortas no conflito contra Israel e criticou a destruição de casas, hospitais e outros monumentos palestinos.
“Quero dizer para vocês que não é possível aceitar o que está acontecendo”, afirmou.
"Não é possível tanta morte de mulheres, de tantas crianças, a destruição de todo patrimônio que foi construído pelo povo palestino", concluiu Lula.
O petista voltou a defender a criação do Estado Palestino, mas apelou para a libertação de reféns israelenses que estão sob o poder do Hamas.
“Há muito tempo defendo a criação de um Estado palestino e continuamos brigando na ONU para que seja construído o Estado palestino e que os dois povos possam viver em paz”, disse.
Os ataques começaram no dia 7 de outubro, quando o Hamas enviou mísseis e militares para Israel. Mais de 200 pessoas foram sequestradas no dia.
O exército de Benjamin Netanyahu respondeu às agressões, mas manteve um alto nível de bombardeio na Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas, mais de 20 mil pessoas morreram em Gaza.
Os dois países negociaram uma trégua para a liberação dos reféns e a passagens de palestinos para o Egito. Entretanto, os bombardeios foram retomados, mesmo após uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo a cessão dos ataques para a entrada de ajuda humanitária aos palestinos.
No encontro com repatriados, Lula garantiu que fará novas rodadas para a retirada de brasileiros e parentes da Palestina à medida que novas listas forem liberadas.
“Enquanto tiver alguém na Faixa de Gaza querendo voltar para o Brasil, nós estaremos à disposição para esses casos”, afirmou o petista.