Maceió: Defesa Civil mantém 'alerta máximo' para risco de colapso

Uma semana depois do aviso de colapso, alerta para desabamento continua ativo

Defesa Civil de Maceió mantém estado de 'alerta máximo' desde aviso de colapso em uma mina da região
Foto: Reprodução / GloboNews - 04.12.2023
Defesa Civil de Maceió mantém estado de 'alerta máximo' desde aviso de colapso em uma mina da região

Uma semana após o  aviso de colapso em uma mina em Maceió,  a Defesa Civil ainda mantém, nesta segunda-feira (4), o estado de "alerta máximo". O local onde está localizada a Mina 18, da Braskem, no bairro Mutange, pode abrir uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã na região.

O alerta da Defesa Civil permanece porque, antes, a velocidade em que a terra cedia na região da mina era medida em milímetros por ano, mas agora passou a ser medida em centímetros por hora, fazendo com que o risco aumentasse significativamente.

Conforme a pasta, o solo continua cedendo em ritmo lento, mas já afundou 1,70m desde o dia 28 de novembro, por isso é necessário manter o alerta na região.

A instabilidade no local aumentou devido a  décadas de mineração feita pela Braskem, o que levou à evacuação de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas.

O risco ainda se agravou já que, somente um ano após o primeiro tremor de terra — que ocorreu em 2018 e chegou a abrir rachaduras em ruas e imóveis —, a empresa encerrou a extração de sal-gema, o minério usado na fabricação de soda cáustica e PVC.

Além dessa, a região tem outras 34 minas sob responsabilidade da Braskem. Na mina 18, o deslocamento entre a tarde de sábado (2) e de domingo (3) foi de 7,4 cm, nas últimas 24 horas.

Nesse domingo, o Ministério de Minas e Energia afirmou que o afundamento do bairro de Mutange está estabilizado e que, caso haja desabamento, será "localizado".

Os moradores da região em torno do bairro já deixaram suas casas, assim como os dos bairros vizinhos, como Bom Parto, Bebedouro e Pinheiro. O colapso da mina, de acordo com a Defesa Civil de Alagoas, não representa mais risco para a população, já que as regiões ocupadas estão a uma distância segura do ponto de risco.

A acomodação do solo da mina por acontecer de forma gradual até que haja estabilização ou de forma abrupta, informou a Braskem.

A empresa ainda disse que vem adotando medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM).

O plano tem 70% de avanço nas ações, com conclusão dos trabalhos prevista para meados de 2025.