Dani Portela, deputada estadual de Pernambuco pelo PSOL e pré-candidata à Prefeitura do Recife
Tom Cabral
Dani Portela, deputada estadual de Pernambuco pelo PSOL e pré-candidata à Prefeitura do Recife


No domingo (3), a deputada estadual de Pernambuco, Dani Portela, foi anunciada pelo PSOL como a pré-candidata do partido para fazer oposição ao atual prefeito do Recife, João Campos (PSB), na eleição de 2024.

Federado à Rede (que tem no deputado federal Túlio Gadêlha seu nome mais forte), o PSOL deve, a partir desse momento, iniciar um diálogo com as demais siglas alinhadas à esquerda e movimentos sociais da cidade.


"Eu quero ser candidata à prefeita do Recife porque, como o Presidente Lula sempre diz, é preciso incluir os pobres no orçamento público. O Recife é hoje uma das cidades mais desiguais do país. As palafitas voltaram à nossa cidade e em todos os lugares por onde andamos vemos famílias inteiras morando nas ruas e pessoas passando fome. É essa realidade que eu quero mudar. Governar é muito mais que fazer obras, é principalmente priorizar as pessoas", pontuou Dani.


Em seu primeiro discurso como pré-candidata, Dani destacou seu desejo de fazer um governo municipal alinhado às políticas do Governo Federal, “e que se contraponha ao da extrema-direita e da direita tradicional”.

“Quero governar dialogando com os trabalhadores e trabalhadoras dessa cidade, fortalecendo o serviço público, porque são os mais pobres que mais precisam dele. Quero ser a primeira prefeita negra do Recife para governar para aqueles e aquelas que são sempre excluídos das prioridades das políticas públicas mas que são a maioria da nossa cidade."

Costuras eleitorais

Apontado como atual favorito no pleito do próximo ano, João Campos (que também é vice-presidente nacional do PSB) se reuniu recentemente (29 de novembro) em Brasília com o ministro Márcio França (Empreendedorismo); o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira; a presidente nacional do PT e deputada federal pelo Paraná, Gleisi Hoffmann; e o senador Humberto Costa, vice-presidente nacional do PT e coordenador do GTE da legenda para as eleições 2024.

Um dos principais pontos de debate (e cobiça) até então é o posto de vice na chapa encabeçada pelo filho do falecido ex-governador Eduardo Campos, visto que não é novidade alguma que o PT deseja manter sua posição histórica de protagonismo na disputa pela Prefeitura do Recife - lembrando que o vice-presidente Geraldo Alckmin agora integra o partido de João Campos. Além disso, uma reeleição em 2024 fortaleceria o nome de João para disputar o cargo de governador em 2026 contra Raquel Lyra (PSDB). 

Com nomes “da casa” interessados na disputa (e desejando uma candidatura própria), a indicação de um dos nomes da chapa deve ser o “preço” cobrado pelo apoio do partido (e especialmente de Lula) à reeleição de João, em lugar de lançar, por exemplo, o deputado estadual e ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT). 

Enquanto isso, as críticas ao prefeito giram em torno de alianças dele com políticos da tradicional família Coelho, vistos como parte da direita pernambucana: no dia em que o deputado estadual Antonio Coelho (União) assumiu a secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife, o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União), que concorreu a governador em 2022, também foi recebido.

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