Após quatro dias das chuvas que atingiram a Grande São Paulo e a capital paulista , 200 mil continuam sem energia nesta terça-feira (7). A previsão da Enel, responsável pelo serviço de energia elétrica, é "normalizar o fornecimento para quase a totalidade dos clientes" ainda hoje.
Em nota, a empresa diz que até a noite de segunda-feira (6), restabeleceu a energia para 90% dos clientes, ou seja, 1,9 milhão dos 2,1 milhões sem eletricidade, tiveram a situação normalizada.
A companhia afirma ainda que o trabalho está sendo feio gradualmente em "atuação conjunta com Corpo de Bombeiros, Prefeitura e outras autoridades". A Enel diz também que priorizou os casos mais críticos, "como serviços essenciais e a conexão das escolas onde seriam aplicadas as provas do ENEM".
Na segunda-feira (6), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que vai entrar na Justiça caso a Enel não restabeleça a energia elétrica de 100% da população da cidade até o final desta terça-feira (7) .
Segundo Nunes, a empresa estabeleceu um compromisso com a população de religar a energia até fim do dia. "Eu vou entrar na Justiça. Ele [Max Xavier Lins, diretor-presidente da Enel Distribuição São Paulo,] fez um compromisso público comigo. Isso tem valor de contrato", disse Nunes.
Ontem, a Enel foi notificada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) para explicar a interrupção nos serviços essenciais. A companhia alegou que esta foi a primeira vez que teve que lidar com um "acontecimento climático desse tamanho".
A tempestade de sexta-feira (3), deixou sete mortos em São Paulo , sendo uma pessoa em Limeira, atingida por um muro; uma em Osasco, após queda de árvore sobre um carro; uma em Santo André, atingida por destroços que caíram de um prédio; uma em Suzano; uma em Ilhabela, em decorrência de um naufrágio e duas na capital, todas após quedas de árvores.