Uma mulher de 20 anos foi agredida durante um procedimento ginecológico numa clínica particular em Jaboatão dos Guararapes, município localizado na Região Metropolitana do Recife.
A esposa do médico que estava fazendo o exame de ultrassonografia transvaginal invadiu a sala onde o procedimento era realizado, e por ciúmes do marido, tentou expulsar a jovem e puxou violentamente os cabelos da paciente.
Amanda Oliveira pagou pela ultrassonografia na clínica LP Saúde na segunda-feira (30) e filmou o momento em que a agressora, que também é médica mas não trabalha no local, parte para cima dela enquanto ordena que a moça se vista e vá embora.
Além de postar as imagens da agressão que sofreu, Amanda também fez uma denúncia formal e o caso está sob responsabilidade da Polícia Civil de Pernambuco, que classifica o ocorrido como lesão corporal.
"Eu fui pela primeira vez e teria que repetir esse exame depois de 15 dias. A primeira vez foi super tranquila. Ele [médico] me deixou à vontade e a auxiliar dele também estava lá a todo momento. Da segunda vez, quando eu cheguei lá, estavam os três. Ele, a auxiliar e a mulher que é esposa dele, que se diz ser médica também", disse a jovem em entrevista ao portal de notícias G1.
Tudo teria começado no momento em que Amanda entrou na sala, onde estavam o médico, sua assistente e a esposa. Como a clínica não fornece batas para as pacientes vestirem durante os exames, ela teve que ficar sem roupa durante o procedimento, e esse teria sido o estopim da agressão.
"Ela me deu um jaleco, porque lá não tem bata, [dizendo que era] 'para me preservar'. Quando eu estava tirando minha calça, ela já estava me constrangendo. Ela falou que era para eu ir de saia, que eu não tinha modos", contou a vítima.
Constrangida, a paciente conta que pediu para a mulher sair da sala, mas ela se recusou. "Quando ele [o médico] foi colocar o transdutor dentro de mim, ela puxou com toda força do mundo, sem consentimento. Foi aí que eu comecei a filmar, pelo fato de ela ter tocado em mim. Me senti muito mal, muito constrangida. Fiquei muito nervosa, porque eu cheguei e fiz o que tinha que ser feito. Não tirei graça com ninguém, não me dirigi a ele. Só dei boa tarde, mostrei o comprovante que eu paguei e nada mais que isso. Até então, para mim, ela era uma médica qualquer."
A clínica LP Saúde afirmou que a agressora não trabalha no local, e que foi a primeira vez que ela esteve na empresa. A instituição disse, ainda, que o médico em questão foi afastado, e a segurança, reforçada. No entanto, Amanda contestou a versão apresentada pela clínica.
"O pessoal da clínica disse que ela já tinha ido lá, e disseram que já sabiam que ela ia arrumar problema, só não sabiam que ia ser comigo. Imaginaram que ia ser com a auxiliar dele, pelo fato de que a outra auxiliar dele foi demitida justamente por causa dela. Todo mundo da clínica já sabia que ela era problemática", comentou a vítima.