Avião que caiu no Acre era chamado de '4x4' e 'Jipe dos ares'

Cessna Caravan se tornou símbolo de versatilidade, mas já se envolveu em muitos acidentes

Foto: Reprodução
Avião explodiu após queda


A queda da aeronave em Rio Branco, Acre, neste domingo (29) , trouxe detalhes da história e as características do modelo envolvido no acidente, um Cessna Caravan.

Lançado em 1984 pela Cessna Aircraft, esse avião se destacava por sua robustez, leveza e baixo custo, sendo conhecido carinhosamente como o "avião 4x4" ou "jipe dos ares."

O Caravan é reconhecido por sua capacidade de operar em pistas de terra, tornando-se um aliado valioso para regiões remotas com infraestrutura limitada, como a região Norte do Brasil.

Sua versatilidade o tornou uma escolha popular para transporte de passageiros, carga e missões militares, enfrentando uma variedade de desafios com eficácia. No entanto, esse tipo de operação remota ajudou a envolver o Cessna em vários acidentes

Equipado com um motor turbo-hélice capaz de atingir uma velocidade máxima de 343 km/h, o Caravan possui um alcance de até 2.000 km, dependendo da carga transportada.

Ao longo dos anos, o modelo sofreu modificações para atender a diferentes necessidades. Foi desenvolvida uma versão executiva, equipada com ar-condicionado e assentos especiais, embora essas melhorias tenham reduzido o espaço para bagagens.

Uma evolução notável foi o lançamento do Grand Caravan (Cessna 208B) em 1986, caracterizado por um bagageiro na parte de baixo da fuselagem e uma fuselagem alongada, proporcionando ainda mais versatilidade no transporte de carga e passageiros.

Além disso, uma versão anfíbia do Caravan também está disponível, substituindo o trem de pouso fixo por flutuadores.

Curiosamente, essas aeronaves anfíbias ainda possuem pneus embutidos nos flutuadores, permitindo que aterrissagem seja realizada em pistas convencionais ou de terra.

Acidente

A aeronave caiu em Rio Branco e causou a morte de todas as doze pessoas a bordo, sendo elas nove adultos, uma bebê e a tripulação composta pelo piloto e copiloto. Não houve sobreviventes do desastre.

O prefixo do avião envolvido no acidente era PT-MEE, e a queda foi seguida por um incêndio de grandes proporções que carbonizou as vítimas, dificultando ainda mais a tragédia.

De acordo com informações do governo acreano, "o que se sabe até o momento é que as vítimas morreram carbonizadas, e as causas do acidente serão investigadas pelas agências competentes."

A aeronave em questão já havia se envolvido em um acidentes. Já a empresa ATR Táxi Aéreo foi multada por uso irregular do modelo .

Vítimas

Dentre as vítimas, estão o piloto Cláudio Atílio Mortari, e o copiloto Cleiton. Além deles, a pequena Clara Maria Monteiro, uma criança de apenas um ano e sete meses, estava a bordo junto de sua mãe, Ana Paula Melo.

Os outros passageiros, identificados como José Marcos Epifânio, Edineia de Lima, Jamilo Maciel, Antônio Cleudo Epifânio, Raimundo Nonato Melo, Alexsander Bezerra, Francisco e Antonia Elizangela, também foram vítimas fatais do acidente.