O Comando Militar do Sudeste declarou que oito das 21 armas furtadas dentro do Arsenal de Guerra de São Paulo foram recuperadas no Rio de Janeiro. A informação veio a público durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (19).
Os armamentos recuperados foram quatro metralhadoras .50 e outras quatro MAGs. O diretor do Arsenal de Guerra em São Paulo será exonerado do cargo, segundo o general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste do Exército.
As investigações levaram a três suspeitos de envolvimento no furto das armas foram identificados. O número exato e os nomes não foram divulgados.
A metralhadora .50, um dos armamentos que sumiram, é capaz de derrubar helicópteros e perfurar veículos blindados. Por essa razão, é usada em assaltos a carros-fortes e agências bancárias.
Entenda o caso
Desde que a ausência das 13 metralhadoras calibre .50 e oito metralhadoras calibre 7,62 foram notadas durante uma inspeção no dia 10 de outubro , e um Inquérito Policial Militar foi instaurado, os militares do batalhão estão “aquartelados” no local, ou seja, não podem ir para casa e tiveram seus celulares confiscados.
Mesmo com a nota oficial do Comando Militar do Sudeste informando que as armas são “inservíveis” , o que quer dizer que elas não estão funcionando, a Polícia Civil e a Polícia Militar estão fazendo buscas a procura das metralhadoras, mesmo sem participar diretamente das investigações.
Neste final de semana, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que o furto das metralhadoras pode ter "consequências catastróficas" se as armas forem para o crime organizado, podendo colocar em risco a população.