Professores do Ibmec do Rio de Janeiro receberam mensagens da coordenação dos cursos da instituição pedindo para que o corpo docente não se posicione publicamente sobre o conflito entre Palestina e Israel. As informações são da Folha de S. Paulo.
As mensagens foram enviadas a grupos de WhatsApp dos cursos de Relações Internacionais, Economia e Engenharia.
No grupo de Relações Internacionais, o direcionamento é tratado como um pedido do reitor do Ibmec do Rio, Samuel Barros. Ele teria recebido a diretriz de Reginaldo Nogueira, diretor de operações presenciais, e de Eduardo Parente, CEO do grupo Yduqs, empresa que controla a instituição.
O grupo de Economia também recebeu a orientação: "Diversos membros da nossa comunidade, sejam docentes ou discentes, têm ligações culturais e familiares com ambos os lados do conflito, e o tema é muito sensível, podendo gerar desconforto entre todos", diz a mensagem.
Uma das mensagens revela que o único professor da universidade autorizado a falar sobre o tema seria o professor José Niemeyer, coordenador do curso de RI. Niemeyer participa de programas de TV como comentarista convidado. Quando questionado, o docente disse que a diretriz se refere somente ao posicionamento na imprensa, e não em sala de aula.
O Ibmec afirmou em nota que "não houve nenhuma proibição de fala e, por conta da sensibilidade do tema, o recomendado é que os professores falem apenas sobre suas especialidades".