Cartão corporativo: Secom nega que Lula gastou mais que Bolsonaro

A Presidência alega que as despesas nos primeiros 7 meses do ano são menores que no ano passado, passando de R$ 8,8 milhões para R$ 7,99 milhões em 2023

Foto: Ricardo Stuckert/PR - 27/08/2023
Nota da Presidência da República contesta valores de despesas divulgados


Após a divulgação de uma reportagem do jornal Folha de São Paulo ter afirmado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria gasto mais do que Bolsonaro, Temer e Dilma Rousseff no cartão corporativo , a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República emitiu uma nota oficial alegando ser falso que o presidente gastou mais que seu antecessor.

Além de contestar o valor total de despesas divulgado na imprensa, a nota também destacou que a maior parte dos gastos é referente às viagens internacionais de Lula.

“As despesas pagas nos primeiros sete meses deste ano são inferiores aos valores registrados no ano passado, passando de R$ 8,8 milhões em 2022 para R$ 7,99 milhões em 2023”, diz um trecho do comunicado.


“É importante destacar que a maior parte das despesas realizadas com o CPGF no exercício de 2023 refere-se a serviços de apoio de solo das aeronaves em viagens internacionais, resultado do intenso trabalho em curso pela atual gestão para retomar as relações diplomáticas do Brasil com o mundo, abandonadas nos últimos anos.”

Além disso, a Secom afirma que “também é incorreta” a afirmação de que o governo Lula “quebrou o sigilo dos extratos dos cartões corporativos” das gestões anteriores, e que as informações referentes ao atual governo são “ultrassecretas”. 

“Os dados são classificados como reservados por questões de segurança em obediência à Lei de Acesso à Informação (12.527/11) e ficam e sob sigilo até o término do mandato em exercício, o que justifica a divulgação dos dados de governos anteriores no início deste ano", diz a nota.

Confira, a seguir, a nota oficial na íntegra:

"Diferentemente do que foi publicado pela Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (18/9), a Presidência da República não gastou em 2023 mais do que a gestão anterior com o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF). As despesas pagas nos primeiros sete meses deste ano são inferiores aos valores registrados no ano passado, passando de R$ 8,8 milhões em 2022 para R$ 7,99 milhões em 2023.

É importante destacar que a maior parte das despesas realizadas com o CPGF no exercício de 2023 refere-se a serviços de apoio de solo das aeronaves em viagens internacionais, resultado do intenso trabalho em curso pela atual gestão para retomar as relações diplomáticas do Brasil com o mundo, abandonadas nos últimos anos.

O objetivo é não só recuperar a imagem do país no exterior, como também reestabelecer as relações comerciais com parceiros importantes, o que resulta na atração de investimentos estrangeiros em áreas estratégicas que contribuem diretamente para recuperação da capacidade do mercado interno brasileiro, impulsionando a geração de emprego e renda no Brasil.

Também é incorreta a afirmação de que o governo Lula 'quebrou o sigilo dos extratos dos cartões corporativos' das gestões anteriores e que as informações referentes ao atual governo 'são ultrassecretas'. Conforme explicado ao jornal, os dados são classificados como reservados por questões de segurança em obediência à Lei de Acesso à Informação (12.527/11) e ficam e sob sigilo até o término do mandato em exercício, o que justifica a divulgação dos dados de governos anteriores no início deste ano".