Após tiroteio que matou PMs, família de suspeito é assassinada em PE

Além das 8 vítimas fatais, um adolescente de 14 anos e uma gestante de 18 anos foram baleados

Foto: REPRODUÇÃO/WHATSAPP
A imagem mostra o momento do tiroteio que matou os policiais


Na noite de quinta (14), dois policiais militares foram mortos, e uma mulher grávida e um adolescente de 14 anos ficaram feridos em um tiroteio na cidade de Camaragibe, no Grande Recife. Horas após o crime, um suspeito identificado como Alex Silva, seus três irmãos, sua mãe e uma mulher que ainda não foi identificada foram assassinados.

O tiroteio aconteceu no bairro de Tabatinga, quando a polícia realizava uma operação na área e abordou Alex Silva e o confronto começou. O homicídio dos três irmãos chegou a ser transmitido ao vivo no Instagram, por uma das vítimas, que registrou imagens de sua própria morte. 



Os policiais mortos durante o confronto são o soldado Eduardo Roque Barbosa de Santana, de 33 anos, e o cabo Rodolfo José da Silva, de 38 anos. Ambos eram do 20º Batalhão da PM. O tiroteio ocorreu por volta das 21h. 

Por volta das 2h da manhã, os irmãos do suspeito de matar os policiais, Agata Ayanne da Silva, de 30 anos; Amerson Juliano da Silva e Apuynã Lucas da Silva, ambos de 25 anos, foram assassinados por dois homens encapuzados. 

Apuynã chegou a seri socorrido com vida para o Hospital da Restauração, no Recife, mas não resistiu. Por volta das 11h desta sexta-feira (15), o suspeito Alex Silva foi localizado durante uma operação de busca da Polícia Militar, trocou tiros e foi morto.

Já os corpos de sua mãe, Maria José Pereira da Silva, e de uma mulher cuja identidade ainda não foi revelada, foram encontrados em meio a um canavial no município de Paudalho, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. No momento, está em curso uma investigação para esclarecer se o corpo é da esposa de Alex.

Foto: Reprodução
PM Eduardo Roque, à esquerda; PM Rodolfo José, ao centro; e suspeito Alex Silva, à direita, foram mortos em Camaragibe


Em um pronunciamento oficial, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, prestou solidariedade às famílias e amigos dos policiais Rodolfo e Eduardo, e lamentou as mortes de Amerson, Ágata e Apuynã.

Raquel também disse que Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil investiga essa sequência de “crimes bárbaros” e as circunstâncias de cada uma das mortes.

Após a fala da governadora, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, afirmou que a operação policial começou após o recebimento de uma denúncia afirmando que havia cinco homens armados em cima de uma casa. 

“O 190 recebeu um chamado de que homens armados estariam sobre a laje de uma casa em Tabatinga. Foram para lá e, ao chegar ao local, na escada, os policiais estavam chegando e ele, de cima da escada, efetuou os tiros. E tiros precisos. Atingiram as cabeças dos dois policiais", disse o secretário.

Alessandro Carvalho também afirmou que testemunhas fugiram do local quando o tiroteio começou, e que o suspeito de matar os policiais tinha registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), e não possuía antecedentes criminais.

"O que nós temos é: dois policiais foram assassinados ao atender a uma ocorrência. Cinco pessoas ligadas à vítima [ao suspeito] foram mortas em menos de 12 horas. Existe uma correlação. E é isso que nós vamos investigar."