Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Ricardo Stuckert/PR - 31/08/2023
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mencionou o ciclone extratropical que assola o Rio Grande do Sul desde segunda-feira (4) durante seu discurso de encerramento na cúpula do G20 para cobrar responsabilidade e ajuda aos países ricos quanto a questão climática. A tragédia já contabiliza 42 mortes

O petista vinha sendo criticado por bolsonaristas por não estar no Brasil em meio à tragédia. O Brasil será a próxima sede do evento, portanto, Lula recebeu das mãos do premiê indiano Narendra Modi o martelo que simboliza o comando do G20, neste domingo (10).

 "Primeiro, gostaria de dizer às autoridades aqui presentes que a natureza continua dando demonstração de que precisamos cuidar dela com muito mais carinho. Esta semana, três dias atrás, no meu Brasil, um ciclone, no estado do Rio Grande do Sul, que nunca havia tido ciclone, matou 46 pessoas, quase 50 pessoas desaparecidas."

Lula disse que o tema do próximo encontro do grupo terá o tema "Construindo um mundo justo e um planeta sustentável". "Vamos fazer um esforço para fazer uma cúpula pelo menos igual a esta da Índia", disse Lula, elogiando os anfitriões indianos.

No discurso, Lula passou um recado aos países ricos. "Não podemos deixar que questões geopolíticas sequestrem a agenda de discussões das várias instâncias do G20, não nos interessa um G20 dividido", disse Lula.

O presidente também comentou o lançamento de duas forças-tarefa: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.

"Precisamos redobrar os esforços para alcançar a meta de acabar com a fome no mundo até 2030, caso contrário estaremos diante do maior fracasso multilateral dos últimos anos."

Lula voltou a cobrar uma reforma em órgãos multilaterais, com maior participação de países emergentes no FMI (Fundo Monetário Internacional), Banco Mundial e no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). 

"Para recuperar sua força política, o Conselho de Segurança da ONU precisa contar com a presença de novos países em desenvolvimento entre seus membros permanentes e não permanentes", disse Lula. O governo brasileiro pleiteia uma vaga permanente em um novo conselho de segurança expandido.

O mandatário havia visitado o memorial de Mahatma Gandhi mais cedo e disse no discurso ter ficado emocionado. Por fim, Lula deu de presente ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi uma muda de jacarandá.

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