O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deixou a prisão na tarde deste sábado (9) após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, lhe conceder liberdade provisória e homologar seu acordo de delação premiada.
A delação de Cid se dará no âmbito do inquérito das milícias digitais, e de todas as investigações que se conectam a ela, como a investigação sobre a venda de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro.
Mauro Cid estava preso no Batalhão do Exército de Brasília desde o início do mês de maio, quando foi alvo de uma operação da Polícia Federal para investigar a inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde, para fingir que integrantes da família do ex-auxiliar e do ex-presidente Jair Bolsonaro receberam doses da vacina contra a Covid-19.
O tenente-coronel terá que usar tornozeleira eletrônica e cumprir outras medidas cautelares. Além de não poder sair do país e ser obrigado a entregar seu passaporte em até cinco dias, todos os passaportes emitidos pelo Brasil em nome do ex-ajudante de ordens serão cancelados.
Mauro Cid também terá que comparecer em juízo a cada 48 horas e teve suspenso o seu porte de arma de fogo. O mesmo vale para o registro para coleção, tiro esportivo e caça.
O militar será afastado de seus serviços como oficial do Exército, e não poderá usar as redes sociais nem falar com outros investigados, exceto sua esposa, sua filha e seu pai, o general Mauro Lourena Cid. O descumprimento dessas medidas acarretará no retorno de Cid à prisão.