O deputado goiano Amauri Ribeiro (União Brasil) é o alvo da 15ª Operação Lesa Pátria, deflagrada nesta terça-feira 29. Em junho, o parlamentar confessou ter financiado golpistas que depredaram Brasília em um discurso na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás e “pediu para ser preso” pois ele próprio deu apoio aos grupos responsáveis pela depredação.
“Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender! Eu sou um bandido, eu sou um terrorista! Sou um canalha na visão de vocês! Eu ajudei, eu levei comida, levei água, dei dinheiro. Eu acampei lá e também fiquei na porta [dos quartéis] porque sou patriota! Respondendo à sua pergunta, o dinheiro não veio de fora, não, veio de gente que acredita nessa nação e que defende esse país, que não concorda com um governo corrupto e bandido”, disse Amauri Ribeiro, que apesar do “pedido”, não está preso, foi apenas alvo de um mandado de busca e apreensão em seu gabinete e no seu endereço residencial.
Dois dias depois, o parlamentar foi ao Supremo Tribunal Federal pedir para que Alexandre de Moraes o prenda caso alguma solicitação de prisão chegue às mãos do ministro. A defesa do deputado bolsonarista sustenta que as afirmações do deputado foram retiradas de contexto, e que ele apenas ajudou “os mais carentes” que estavam acampados em frente ao quartel do Exército em Goiânia.
De acordo com a PF, os fatos investigados pela operação “constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo”.