Governo analisa unificar concursos públicos federais, diz jornal

A ministra Esther Dweck, informou que pretende seguir um padrão similar ao do ENEM, para assim poder 'democratizar' as vagas ofertadas pelo governo

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos deverá apresentar a proposta aos órgão interessados
Foto: redacao@odia.com.br (Agência Brasil)
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos deverá apresentar a proposta aos órgão interessados

O governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estuda a criação de uma prova nacional unificada para os concursos públicos para vagas federais. A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse em entrevista à Folha de S.Paulo na última quinta-feira (24), que o modelo deverá ser parecido com a prova do Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM. 

O ENEM é uma prova que é aplicada desde 1998, sendo o mesmo teste em todo o país para a análise do ensino dos alunos do ensino médio, sendo uma das maneiras de conseguir vagas em universidades públicas e bolsas, parciais e integrais, em instituições privadas. Para Dweck, a unificação da prova é uma maneira de ampliar a abrangência dos locais de aplicação, sendo levadas para locais remotos do país, além do baixo custo que teria, tendo uma maior democratização dos concursos.

"É um processo de democratização do acesso para se tornar servidor público, mas também no sentido de que há uma retomada do processo de contratação para o setor, reforçando o fortalecimento do Estado brasileiro”, disse a ministra.

A prova seria composta por questões de conhecimentos gerais e perguntas específicas, sendo a segunda parte com assuntos ligados às áreas da vaga em que o candidato está prestando. 

Segundo a ministra, a  Advocacia-Geral da União (AGU), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foram alguns dos órgãos que foram consultados para discutir o tema. 

Vale ressaltar que a ministra anunciou recentemente a abertura de concursos públicos para o governo federal, totalizando cerca de 2.480 cargos efetivos, além da nomeação de outras 546 nomes para os concursos que já foram realizados.

O quadro do funcionalismo público sofreu uma queda durante as gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). O presidente Lula disse que pretende repor esse quadro. Entretanto, a Câmara estuda uma reforma administrativa que poderá afetar o setor.